É fake news que o termo 'Black Friday' surgiu em alusão a liquidação de escravos (Foto: Reprodução/G1)
É fake news que o termo 'Black Friday' surgiu em alusão a liquidação de escravos (Foto: Reprodução/G1)

Com a chegada da Black Friday, um boato antigo voltou a ganhar força nas redes sociais: a de que a tradição seguinte ao feriado de Ação de Graças foi criada em 1904, em referência ao dia da liquidação de escravos. 

Tudo isso não passa de uma fake news que ganhou repercussão nas redes sociais. 

O primeiro registro do termo nos EUA foi em 24 de setembro de 1869, seis anos depois da abolição da escravidão no país. Antes disso, não há evidências que sustentem a ideia. 

Nesta data, dois especuladores, Jay Gould e James Fisk, usaram informações privilegiadas para tomar o mercado de ouro na Bolsa de Nova York.

Para reverter a situação, o governo aumentou a oferta de ouro no mercado, fazendo com que os preços caíssem e dando origem ao termo: Black Friday.  

O termo é usado em algumas localidades para nomear tragédias econômicas, ou não, como o caso do massacre de civis no Irã, no dia 8 de setembro de 1978. 

Outra suposta origem para o nome do movimento comercial foi uma ironia de patrões para a ausência de empregados na sexta-feira seguinte ao feriado, em 1951.

Depois de dez anos, lojistas tentaram trocar para “Big Friday” no intuito de trazer positividade ao termo. Mas foi em 1990, que o termo ganhou repercussão nacional e a data foi adotada pelo comércio como se conhece hoje, segundo o linguista Benjamin Zimmer, editor-executivo do site Vocabulary.com, à BBC.  

No Brasil, a Black Friday surgiu em 2010, com descontos em setores generalizados. 

As informações são do G1. 

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