
A Câmara Municipal de Jundiaí sediou, na última quarta-feira (6), o 1º Colóquio Científico “Sauás da Serra do Japi: Ecologia alimentar, conservação e desafios de pesquisa”, reunindo pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil. O encontro, organizado pela Fundação Serra do Japi, teve como objetivo aproximar a população dos estudos científicos desenvolvidos na Reserva Biológica Municipal e ampliar o conhecimento sobre os macacos sauás, espécie nativa e símbolo da região.
“Muitos estudos acabam restritos ao meio acadêmico, mas são de grande importância para a conservação da biodiversidade e para o conhecimento da nossa própria cidade”, destacou o superintendente da Fundação, Flávio Gramolelli Jr.
Pesquisas revelam comportamento e hábitos alimentares
A apresentação principal foi conduzida por João Victor de Amorim Verçosa, doutorando da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que compartilhou os resultados de seu mestrado sobre a ecologia alimentar dos sauás — realizado em parceria com a também doutoranda Amalia Mabel Sanchez Palacios — e apresentou avanços da pesquisa atual.
“Entender como os sauás utilizam os recursos alimentares e como se organizam socialmente é essencial para propor estratégias de conservação mais eficazes. São animais que têm uma dinâmica territorial muito marcada, com grupos familiares pequenos e hábitos bastante específicos”, explicou João.
A professora doutora Eleonore Zulnara Freire Setz, da Unicamp, destacou o histórico de pesquisas realizadas na Reserva Biológica e a importância da observação de longo prazo para compreender o comportamento da espécie. Ela abordou aspectos como habituação, vocalização e territorialidade, ressaltando o papel da ciência na preservação da Serra do Japi.
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Apoio político à preservação
O evento contou com a presença dos vereadores João Victor Ramos e Henrique Parra do Cardume, ambos integrantes da Comissão de Políticas Urbanas e Meio Ambiente, e da vereadora Carla Bassílio. Os parlamentares destacaram o colóquio como espaço de escuta e valorização da ciência, reforçando o compromisso do Legislativo com a preservação da Serra.

Participação popular e continuidade
Após as falas, a tribuna foi aberta para perguntas e comentários do público, promovendo um diálogo direto com os pesquisadores.
A Fundação Serra do Japi pretende transformar a iniciativa em uma série de encontros voltados à divulgação científica. “É um passo importante para valorizar o patrimônio natural de Jundiaí e envolver a população na sua preservação”, concluiu Flávio Gramolelli Jr.
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