Casamentos homoafetivos crescem 20% no Brasil
Foto: Nicolas Menijes/Canva Pro

O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo cresceu 20% em 2022 na comparação com 2021. Esse crescimento é cinco vezes maior que o registrado entre as de sexo oposto (alta de 4%).

Os dados são do Registro Civil, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (27). O levantamento considera apenas os casamentos civis registrados em cartório, e não as uniões estáveis.

De acordo com o órgão, o Brasil registrou 11 mil casamentos homoafetivos em 2022, maior valor desde 2013. Em 2013, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu o direito à população LGBTQIA+ ao casamento civil. Essas uniões representaram 1,1% do total de casamentos registrados em 2022 no país.

Além disso, os dados do IBGE mostra que houve crescimento em todas as regiões do país. A maior alta é no Norte (32,8%), seguido de Sudeste (23,9%) e Sul (19,5%). Os casais entre mulheres representam 60% do total dos casamentos homoafetivos.

O número total de casamentos no Brasil subiu 4%, de 932.502 para 970.041. O número ainda estava abaixo da média anual registrada antes da pandemia, de 1 milhão entre 2015 e 2019, que caía até 2020.

Números de divórcio

Enquanto isso, o número total de divórcios no país em 2022 — 420 mil — cresceu 8,6% em relação ao total contabilizado em 2021 (387 mil). De acordo com os dados, em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas do que as mulheres. Em 2022, na data do divórcio, os homens tinham em média, 44 anos, enquanto as mulheres, 41.

Os casamentos também estão mais curtos. O tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio passou de cerca de 16 anos, em 2010, para 13,8 anos em 2022.

Em casos de divórcios entre casais que têm filhos menores de idade, há uma mudança gradativa em relação à divisão de guarda. No ano de 2014, em 85% dos divórcios, a guarda dos filhos ficava com a mulher. Em 2022, este índice caiu para 50,3%. No mesmo período, a guarda compartilhada passou de 7,5% para 37,8% dos casos.

Além disso, os casos em que os homens ficam responsáveis após o divórcio diminuiu. Em 2014, eram 5,5% dos casos, em 2014, 3,3%.

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