garrafa de azeite servindo de perto
Foto: dulezidar/Canva

Em uma medida preventiva significativa, o Ministério da Agricultura anunciou o recolhimento imediato de dez marcas de azeite de oliva extravirgem do mercado. Esta decisão surge como resultado direto da Operação Getsêmani, uma investigação que revelou um complexo esquema de importação, adulteração e distribuição de azeites de oliva fraudados. Os comerciantes, tanto varejistas quanto atacadistas, foram instruídos a cessar a venda dos produtos afetados e a retirá-los de circulação.

As marcas sob escrutínio, apontadas pelo governo federal, incluem Terra de Óbidos, Serra Morena, De Alcântara, Vincenzo, Az Azeite, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Don Alejandro, Mezzano e Uberaba. Após o recolhimento dos produtos, os fornecedores devem notificar as autoridades federais através do canal Fala.BR, permitindo assim que medidas fiscais adequadas sejam aplicadas para a destinação correta dos azeites recolhidos.

A recomendação aos consumidores é clara: evitem o consumo dos azeites listados. Aqueles que já adquiriram algum dos produtos devem procurar pela substituição ou retorno do item, conforme estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor, e são incentivados a reportar o local de compra ao Ministério da Agricultura.

A Operação Getsêmani, que motivou tais medidas, foi deflagrada entre os dias 6 e 8 de março, com operações nos municípios de Saquarema (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN). A operação culminou no fechamento cautelar de uma indústria envolvida e na apreensão de mais de 104 mil litros de azeite de oliva adulterado, além de diversos rótulos e embalagens. As investigações apontaram para a produção e comercialização dos produtos em condições sanitárias impróprias, representando um risco à saúde pública e configurando uma prática de concorrência desleal.