
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em uma situação crítica para milhares de animais. Equipes do Poder Público e voluntários dedicados têm trabalhado incessantemente para resgatar esses animais ilhados. Até o momento, o esforço conjunto resultou no salvamento de pelo menos 3,5 mil animais, com 3,2 mil resgatados pelas equipes governamentais até a noite de sábado e outros 350 por voluntários. No entanto, o número real de animais afetados pode ser significativamente maior devido à formação de vários grupos de resgate independente.
Carla Ebert, proprietária de um pet shop e creche para animais em Esteio, RS, descreveu a situação como “absurda”. Ela observou que, “É muito animal. A gente vai ver quando baixar a água, a gente nem está preparado para isso, devido aos que morreram. É muito triste.” Carla também mencionou que as pessoas têm se organizado como podem e continuam trazendo animais para abrigos temporários fornecidos pela prefeitura.

Chamado por mais ajuda e voluntários
Apesar dos esforços, as necessidades ainda são imensas. A organização Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad Brasil) destacou a urgência da situação. A coordenadora Carla Sássi relatou através de redes sociais a dramática cena dos resgates: “É muito animal gente, na pontinha do telhado, é muito animal preso na janela, é muito animal que está nadando incansavelmente.” A Grad Brasil expressou uma necessidade crítica de mais recursos, especificamente um barco com motor, para ajudar a aumentar os salvamentos em áreas onde a correnteza é forte e que ainda estão inacessíveis.
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Outras ONGs enfrentam desafios similares
Além da Grad Brasil, a organização Campo Bom pra Cachorro, localizada no município de Campo Bom, também tem enfrentado desafios para atender a demanda de resgate de animais. Eles resgataram 200 animais até o momento, mas agora enfrentam a falta de espaço para acolher mais. A voluntária Kayanne Braga expressou sua frustração nas redes sociais: “Novo Hamburgo (RS) está mandando muito cachorro pra cá. A gente não pode mais aceitar animais aqui. Tem gente chegando aqui sendo grosso com a gente, brigando com a gente, querendo a qualquer custo trazer animais de todos os bairros.”
Estas organizações estão apelando à comunidade para mais voluntários que possam abrigar temporariamente cães e gatos resgatados das enchentes, ampliando a rede de apoio e assistência a esses animais desabrigados e em perigo.