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Com a 24ª Edição das Olimpíadas de Inverno prestes a ocorrer em Pequim agora em 2022, chega também a hora de falar sobre os países latino-americanos que têm feito história no evento. Sim, apesar de ser pouco comum, dado o fato de serem países tradicionalmente mais quentes, existem diversas exceções com boas histórias para contar.

Da presença quase inexistente nas primeiras edições dos Jogos de Inverno a uma participação estabilizada, embora ainda modesta, a verdade é que nas últimas edições já existiram cerca de trinta representantes latino-americanos no evento.

Assim, para o evento do ano de 2022, o Brasil, a Argentina, o Chile e o México são as nações latinas mais representadas dos Jogos de Inverno, mas antes de falarmos sobre o evento desse ano, faremos uma breve recapitação da competição e dos melhores resultados obtidos pelos países latino-americanos.

Olimpíadas de Inverno: um universo paralelo esportivo

Os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno foram em Chamonix, na França, em 1924. No entanto, antes disso há história para contar.

Viktor Balck, um sueco apaixonado pelo esporte, membro original do primeiro Comitê Olímpico Internacional (1894) e profundo conhecedor das disciplinas de neve e gelo, teve a ideia de criar os Jogos Nórdicos em 1901, ano em que ocorreu o primeiro evento internacional de competições esportivas no gelo e na neve.

Nesses jogos participaram apenas a Noruega, a Suécia, a Finlândia, a Dinamarca e Islândia e as principais modalidades disputadas foram a patinação no gelo, o hóquei e o esqui.

Em 1908 o próprio Balck conseguiu incluir algumas competições de patinação no gelo nas Olimpíadas de Londres desse ano, mas quatro anos depois, nas Olimpíadas de Verão de Estocolmo de 1912, os suecos se recusaram a fazer o mesmo, para proteger a integridade dos Jogos Nórdicos.

Apesar desse pequeno revés as disciplinas de inverno foram retomadas para os Jogos Olímpicos de Verão em Antuérpia na Bélgica.

A recepção do público foi tão positiva que o Comitê Olímpico Internacional decidiu criar uma semana de esportes de inverno e foi então que em 1924, no mesmo ano das Olimpíadas de Paris, as primeiras Olimpíadas de Inverno surgiram no cenário global.

Atualmente, com toda a cobertura da mídia esse evento também ganhou seguidores e fãs nas plataformas digitais e passou a poder ser acompanhado em sites como a Betano, onde é possível descobrir informações detalhadas sobre os atletas e suas modalidades.

Além disso, essa plataforma também permite ao usuário realizar diversos tipos de aposta esportiva em eventos como o esqui alpino, snowboard, curling ou luge, com opções como quem pode ganhar a prova do dia ou até mesmo quem vai conquistar medalhas.

Para quem é curioso o site também conta com dados que ajudam a entender os favoritos, quais suas probabilidades ou em que momento se deve fazer a aposta. Tudo isso em tempo real enquanto as provas estão acontecendo.

Foto: Pixabay

Feitos da América Latina nas Olimpíadas de Inverno

Na ausência de medalhas, o melhor histórico em Jogos de Inverno entre os países latino-americanos fica respectivamente com o Chile em décimo primeiro, o Brasil em nono e a Argentina em quarto lugar.

São muitos momentos memoráveis nas últimas décadas, de modo que abaixo está uma pequena lista com os que mais chamaram atenção dos entusiastas:

• A Argentina participa dos Jogos em eventos de esqui desde 1948, embora tenha sido em Saint Moritz-1928, onde obteve seu melhor resultado, com quarto e quinto lugares no evento de bobsleigh.
• O melhor resultado individual da Argentina foi o 16º lugar de Osvaldo Ancinas no slalom de Squaw Valley-1960.
• O Chile tentará igualar seu melhor resultado em Pequim, décimo primeiro lugar no Nagano-98 de Thomas Grob.
• A presença do Brasil nos Jogos de Inverno é mais recente e ocorreu pela primeira vez em Albertville-1992.
• Em Turim-2006 veio o melhor resultado brasileiro e latino-americano em nível individual com Isabel Clark, que cravou a nona posição no snowboardercross.
• A Venezuela participou pela primeira vez em Nagano-98, com Iginia Boccalandro, no luge.
• Outro latino-americano que superou todos os obstáculos foi o costarriquenho Arturo Kinch, 49 anos, presidente e único membro de sua federação, que terminou em penúltimo nos 15 km de esqui cross-country, em Turim-2006.
• Em Vancouver-2010, o Peru e Colômbia estrearam nos Jogos de Inverno.
• Em Sochi-2014 houve cerca de 30 participantes latino-americanos, com o Brasil sendo o maior com direito a 13 representantes.
• Em Pyeongchang-2018, foi batido o recorde de número de atletas latino-americanos nos Jogos, com 34 atletas.

Pequim-2022 chegará em breve. Será que vão existir surpresas?

Nos Jogos de Inverno de 2022 o Brasil contará com dez representantes, sendo o país latino-americano com maior presença. O país ainda não conta com uma atleta como a histórica Rebeca Andrade nas Olímpiadas de Inverno, mas a participação cada vez mais relevante torna essa possibilidade um pouco mais real.

Além do Brasil, a Argentina contará com seis representantes, o Chile e o México com quatro, a Colômbia com três, Porto Rico e Bolívia com dois e o Equador com um, de modo que todos esses atletas se esforçarão ao máximo para melhorar os resultados de eventos anteriores.