Reprodução SBT News
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Na noite de hoje, a Justiça decretou a prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, motorista do Porsche envolvido na colisão que resultou na morte de um homem e deixou outro ferido na madrugada de 31 de março, em São Paulo. A decisão foi tomada pelo juiz João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal, após analisar o risco de que Fernando reitera-se as condutas criminosas.

Inicialmente, a Justiça havia negado os pedidos de prisão, mas o Ministério Público recorreu da decisão após o TJSP tornar Fernando réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. A promotora Monique Ratton do Ministério Público de São Paulo apresentou a denúncia contra Fernando, que foi motivada pela morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana, de 54 anos, após a colisão.

O juiz baseou sua decisão em diversos fatores, incluindo:

  • Relatos de testemunhas que afirmavam que Fernando estava alcoolizado e “não conseguia nem sequer parar em pé” no momento do acidente.
  • Evidências de que ele transitava em velocidade acima de 156 km/h no momento da colisão, em uma via com limite de 50 km/h.
  • Histórico de multas por excesso de velocidade e até um racha na Avenida Paulista.
  • Mudança de depoimento de uma testemunha que relatou ter sido pressionada por Fernando a negar que ele estivesse embriagado.
  • Depoimentos de outras testemunhas que afirmaram ter visto Fernando ingerindo álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir.

A defesa de Fernando já recorreu da decisão, mas informou que cumprirá a ordem judicial. Os advogados do empresário, Jonas Marzagão, Elizeu Soares de Camargo e João Victor Maciel Gonçalves, afirmaram em nota que as medidas cautelares impostas anteriormente “eram suficientes” e que a prisão preventiva é “desproporcional”.

Além da acusação de homicídio doloso qualificado, Fernando também responderá por lesão corporal contra seu amigo Marcus Vinicius Rocha, que estava no Porsche e se feriu gravemente no acidente, e por fuga do local do crime. Ele não prestou socorro às vítimas e não fez o teste do bafômetro. A defesa de Fernando nega a fuga do local do acidente.