
Você imagina o mundo, hoje, sem postos de combustíveis? A gente teve um exemplo claro disso quando houve a greve dos caminhoneiros, em 2018: ninguém conseguia abastecer e o país virou um caos, não é? Mas já houve uma época em que nem se pensava em ter estabelecimentos assim e a gasolina era vendida nas esquinas.
Nessas duas imagens que considero preciosidades, podemos ver em Jundiaí essa prática que, na atualidade, nos parece por demais estranha. No início dos anos 1930, foi feito o registro da praça Dr. Domingos Anastasio (Largo São José) e bem ali, do lado esquerdo, está a bomba de gasolina (foto abaixo).
Nesse local, atualmente, fica a divisão entre as ruas Rangel Pestana e Vigário JJ Rodrigues. O casarão com duas janelas na fachada pertencia ao senhor Alfredo Fronzaglia. Duas casas à direita, na mesma imagem, era a residência do médico Pedro Calau Mojola – que foi demolida para a construção da Galeria Bocchino.

À esquerda, o casarão térreo também deixou de existir para dar lugar a um posto de combustíveis. Posteriormente, o espaço abrigou a Foto Luiz e, por último, uma farmácia na esquina da rua São José. Ali também podemos ver a “Jardineira”, que era o transporte coletivo da época.
O veículo era propriedade do Italiano Étore Massagardi, pioneiro em Jundiaí nesta prestação de serviço. Estes são fragmentos importantes de nossa história, que considero um presente para nós e também para as futuras gerações!

Acima, vemos a foto do armazém do Francisco Eber, antes do prédio servir para armazenamento da Argos, em 1939. Chamava-se Casa Eber e a bomba de gasolina servia para abastecer automóveis e caminhões. Você comprava o combustível no armazém e abastecia!
Evolução
Já na década de 1940, começaram a surgir na cidade os primeiros postos de gasolina. Um dos primeiros ficava na esquina das ruas São José e Rangel Pestana (foto abaixo).

Há estabelecimentos que se estabeleceram na cidade no início da década e que estão firmes até hoje. O posto da avenida Dr. Cavalcante, na esquina com a rua Bartholomeu Lourenço, é um desses exemplos. A foto a seguir é da família Hoehne Herdade:

Nos anos 1950, temos como destaque o posto de gasolina na esquina das ruas Rangel Pestana e Padroeira – local onde hoje fica o Banco do Brasil. Essa, inclusive, é aquela imagem (Arquivo João Rossi) para a gente admirar e observar cada detalhe:
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Notem o caminhão GMC, um Citroen, o Studebacker, uma jardineira, um casal à espera do atendente do posto de gasolina para verificar a água do motor (tinha que colocar água com frequência, naquela época) e uma adolescente, descendo calmamente a rua. Ao fundo, o prédio da Escola Normal – dirigido pela professora Ana Pinto Duarte Paes – que ficava na esquina da Barão de Jundiaí com a Padroeira.
Tudo, infelizmente, veio abaixo após a demolição sem nem pensar na preservação do patrimônio histórico para as futuras gerações. Fica, aqui, uma reflexão: será que não valeria mais o capital cultural do que o pecuniário?
Realeza
Em 1961, a inauguração do Auto Posto Realeza na rua Lima, 397, na Ponte São João, foi o primeiro posto de combustíveis da região que ia até o Caxambu. Fundado por José Paulrillo Machado, o estabelecimento foi inaugurado com grande festa, que contou com autoridades e jornalistas (Arquivo do Posto Realeza):


Em 1972, foi a vez da inauguração do Auto Posto Tecar (atual Posto Ipiranga), na avenida Antenor Soares Gandra. A foto abaixo é do arquivo de Carlos André Adriani Möhrle:

Espero que tenha gostado!
Tem alguma história interessante da cidade, um fato inusitado ou quer que falemos sobre algum assunto? Peço que ajude a preservar nossa história: envie fotos antigas e participe do grupo no Facebook.
Até semana que vem!
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		