
No dia 8 de outubro é celebrado o Dia do Nordestino, que foi instituído para homenagear o poeta popular e sanfoneiro Antônio Gonçalves da Silva, o ‘Patativa do Assaré’ – considerado um dos maiores representantes da região cearense do Cariri.
O município de Cabreúva conta com população estimada pelo IBGE de 49.707 pessoas – pouco mais de 12 mil moradores que vieram de outros Estados, segundo Censo 2010. E, destes, cerca de 70% são originários do Nordeste, ou seja, a cidade tem por volta de 8 mil nordestinos.
Entre eles, está um dos nordestinos mais conhecidos de Cabreúva: Nilson Galdino Gonçalves, conhecido como “Brejeirinho”. Ele é natural de Patos (PB) e veio para Jacaré em 1989 para trabalhar nas obras de calçamento que, na época, estavam começando.
Brejeirinho aprendeu o ofício com o pai dele, Manoel (já falecido), com quem havia começado a trabalhar desde cedo, logo que completou 10 anos. Ele trabalhou no calçamento de um grande número de municípios – tanto da Paraíba quanto do Rio Grande do Norte.
Em 1989, o Nordeste passou por um dos maiores períodos de seca da sua história – de 1979 a 1984 -, Brejeirinho resolveu que era hora de tentar a vida longe do flagelo – e veio para Cabreúva, indicado por um amigo empreiteiro.
Aqui nasceram Natália, as gêmeas Meire Hellen e Michelle e o caçula, Nilson Júnior. A primeira filha (Nayana) é natural de Patos. Brejeirinho vive em Cabreúva há 30 anos. Depois dele, outros tantos nordestinos chegaram ao município – e o próprio Brejeirinho foi responsável por indicar o município para dezenas de conterrâneos de Patos e das cidades vizinhas.
Brejeirinho, além de todo o seu trabalho, também prepara o lançamento de um livro. Na obra, ele conta as suas histórias (desde a infância em uma casinha de taipa, em que a única distração era o radinho de pilha e o programa “Forró do Batista” até a chegada em Cabreúva). O livro está em fase final e deve ser lançado em novembro deste ano.
“Cabreúva me abraçou de um jeito como eu nem esperava. Não sabia o que iria acontecer quando me ofereceram trabalho aqui pra São Paulo. Eu só queria dar uma vida melhor para a família, né!? E foi tudo bem, graças a Deus. Sempre tive muito trabalho e fiz muitos amigos aqui. Agora, sinto saudades de Patos e quero ver se, em algum momento, consigo voltar pra lá, pra ver a minha avó, que já tem mais de 90 anos – e para reencontrar os amigos que ficaram por lá”, conta Brejeirinho, emocionado com as recordações.
Com a história de Brejeirinho, fica a homenagem a todos os nordestinos, que, assim como ele, ajudaram e tanto contribuem para a história e o desenvolvimento de Cabreúva.
Fonte: Prefeitura de Cabreúva