
Após a autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para abater as cerca de 40 capivaras que vivem em um condomínio em Itatiba, uma amardilha foi colocada no local, que já atraiu alguns dos roedores nesta terça-feira (18).
Fotos mostram os animais dentro de um cercado onde foram colocados pedaços de cana-de-açúcar.
A autorização foi concedida após um óbito por febre maculosa no condomínio, em janeiro de 2018. Um dos hospedeiros do carrapato estrela, que transmite a doença, são as capivaras.
A decisão virou motivo de polêmica na cidade e órgãos de proteção animal recorreram ao Ministério Público.
No entanto, mesmo com a tentativa dos órgãos de proteção animal para reverter a situação, integrantes da Secretaria de Meio Ambiente estavam no condomínio nesta terça-feira para seguir com o abate.
Para o veterinário Paulo Anselmo Felippe, que estuda manejos de capivaras, a castração e a esterilização são as práticas mais adequadas. Ele explica que a bactéria fica cerca de 15 dias no organismo do animal e, depois disso, ela nunca mais aparece no sangue.
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“Porque o sistema imunológico dela se organiza e ela não vai ter mais essa riquetsemia, essa bactéria circulando. Então, ela não infecta novos carrapatos. Sempre que a riquétsia circulou naquela população, você retira os animais e vêm novos, vai acontecer riquetsemia nesses novos, porque eles não tiveram contato anterior com a bactéria”, afirmou à TV Tem.
A diretora da pasta que autorizou o abate discorda. “Esse é o período de viremia, de amplificação da capivara, depois a capivara fica reagente positiva. Ela fica imune, mas os carrapatos que se alimentaram dela nesse período, eles vão estar lotados da bactéria e vão continuar transferindo, transmitindo pela picada”, disse.
Abates como o de Itatiba, de acordo com a pasta, já foram realizados em condomínios de outras sete cidades.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		