Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

O Parque da Juventude, em Itatiba, se tornou um espaço de inspiração para as produções do escritor Hugo Ribas, de 34 anos, que passeava sempre que podia com o sobrinho Zakk, que morreu aos cinco anos por complicações no fígado e teve suas cinzas jogadas no parque.

Foi após a morte do sobrinho que Hugo teve a ideia de escrever o livro “Amanhã eu morro”. “Foi um processo catártico. Eu pretendia ressignificar o luto e também criar um sentido lúdico e poético para a situação dolorosa que eu estava vivendo”, relembra. O livro conta a história de um homem que acredita estar à beira da morte, e durante os dias que lhe restam, ele se vê incumbido de salvar a vida de um menino considerado santo por todos os personagens que o cercam.

A história ganhou grande visibilidade e o livro foi indicado ao 61º Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. A obra ficou entre os 10 finalistas na categoria “Romance de Entretenimento”. “Foi uma alegria imensa. Eu, honestamente, não esperava por isso, então foi muito gratificante para mim e para a minha família, principalmente pelo significado que esse livro tem para todos nós.”

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A obra não foi a vencedora, mas, para Hugo, a felicidade pela indicação é maior do que qualquer coisa. “O fato de não ter ficado com o prêmio é apenas um detalhe se comparado à alegria que senti”, afirma.

Ele conta que sempre foi apaixonado pela escrita e que, desde pequeno, adorava criar histórias e personagens. “Gostava mais ainda de compartilhar essas histórias com colegas de escola. Cresci cercado de livros, pois meu pai sempre foi um leitor muito assíduo”, conta.