Guardas durante palestra em Itupeva
Foto: Prefeitura de Itupeva

A Guarda Civil Municipal (GCM) de Itupeva e Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS) estão promovendo palestras sobre “A psicologia no atendimento às vítimas de violência doméstica do gênero feminino”. O evento ocorrerá ao longo do mês de março e será ministrado pela psicóloga Karina Cegobia, com duração de 16 horas.

A realização deste evento é alusivo ao Mês das Mulheres e faz parte do currículo de formação dos novos agentes da corporação, além de capacitar dois GCMs que atuarão diretamente na Guardiã Maria da Penha.

O coordenador do curso de formação da GCM, Thiago Julião de Moraes, explicou a importância desta iniciativa. “Este ciclo de palestras é fundamental, pois auxiliará os novos agentes da corporação a realizarem um melhor acolhimento às vítimas de violência doméstica, pois sofrem grandes pressões psicológicas, que na maioria das vezes não são levadas em conta pelo agente. Portanto, através desse trabalho, o propósito é prestar um atendimento cada vez mais humanizado.”

Atendimento mais humanizado

Essa capacitação também se fez necessária, tendo em vista o aumento de casos de violência doméstica no período pandêmico. “Em virtude deste momento atípico, o Brasil tem um aumento significativo em relação à violência doméstica e, por isso, este assunto precisa ser dialogado e estudado”, comentou o GCM Julião.

A psicóloga Karina Cegobia detalhou que o intuito desta palestra é formar guardas municipais, para atender às vítimas, com acolhimento, imparcialidade, sem revitimizá-las. “Visto que, não se trata apenas de violência física, mas também de violência psicológica, patrimonial, moral e sexual. Os guardas sairão da formação preparados para atender às vítimas de uma maneira mais humanizada.”

Entre os presentes, a nova agente da GCM, Pricila Amorim de Oliveira, aprovou essa capacitação. “Esse tipo de crime – violência doméstica – em muitos casos não deixa marcas visíveis na vítima. Até porque a violência se inicia de forma psicológica e essa capacitação ajuda o agente a identificar a violência, mesmo não estando visível, utilizando técnicas ensinadas em palestras como essa, ministradas por profissionais da área de psicologia.”

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