
Joaquim da Silva Rodrigues, popularmente conhecido no mundo dos rodeios como “Quinzinho”, viajava pelas estradas paulistas organizando e montando as estruturas dos maiores rodeios do Brasil, junto de Robenita Assis da Silva. Em toda sua trajetória, “seu Quinzinho” organizou rodeios em Cajamar – onde tinha seu maior amor e carinho – Bragança Paulista, Socorro, Várzea Paulista, e mais.
Assim, João Pedro Rodrigues, fruto da união do casal, nasceu em meio ao universo dos rodeios. Desde criança, trocou a bola e os carrinhos pela botina e chapéu. Natural de Jundiaí, aos quatro anos João se mudou com sua mãe para Itupeva. Lá cresceu e viveu com sua mãe, uma das grandes empresárias da cidade de Itupeva.
Com o falecimento do pai, em 2006, vítima de um infarto fulminante, João ficou um pouco mais distante dos rodeios. Ainda assim, nunca abandonou o estilo boiadeiro romeiro, pela cidade de Itupeva junto ao grande amigo de seu pai, Valdão Falco, atual presidente da romaria. João Pedro ingressa rumo a Pirapora do Bom Jesus desde os seis anos de idade, e hoje é grande devoto de Nossa Senhora Aparecida.

De volta aos rodeios
Aos 18 anos, João voltou a frequentar as festas de peão e reencontrou grandes amigos de seu pai. Foram nestes encontros que seus olhos voltaram a brilhar para os rodeios, relembrando de grandes histórias vividas ao lado de seu pai, em Cajamar.
“Meu maior amor por Cajamar é pelo meu pai ser um dos patriarcas da festa. Meu pai começou Cajamar junto com Tião Procópio e o Vanico no antigo buracão onde não existia toda essa estrutura de hoje. Naquela época era apenas uma lona de circo”, relembra ele. “Até comentei essa semana com Tião Procópio que estava ao meu lado na oração na abertura do rodeio, que tinha uma única estrela no céu, que era meu pai, ali olhando. O Tião Procópio e meu pai começaram o que para mim, é hoje o maior rodeio do Brasil”, conta João, se referindo à Festa do Peão de Boiadeiro de Cajamar, que em 2023 chega à sua 31ª edição.
A dedicação, comprometimento, profissionalismo e principalmente o amor de João em manter a tradição do rodeio vivo no país, fizeram com que, naturalmente, conquistasse um lugar de destaque no mundo do rodeio. Sua primeira grande experiência aconteceu justamente em Cajamar, no ano passado. Na ocasião, Marcos Pacheco, presidente da festa, o levou para assumir o cargo de Diretor de Rodeio, ao lado de Cláudio Ribeiro.
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Funções no negócio
Além disso, também em 2022, recebeu novas atribuições e responsabilidades, como Diretor de Palco da EAPIC (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de São João da Boa Vista). João Pedro ainda dirigiu a Arena da FAICI, junto com Cláudio Ribeiro, da Agência Rodeio, e presidente da festa, José Marques Barbosa; Diretor de Palco da Festa do Peão de Boiadeiro de Itaquaquecetuba. Neste ano, pela MP Promoções, foi Diretor de Palco da 56ª Expoagro e 29ª Festa do Peão de Boiadeiro de Bragança Paulista, e novamente, assim como no ano passado, ao lado de Cláudio Ribeiro, foi o Diretor de Rodeio Festa do Peão de Boiadeiro de Cajamar.

Referências no mundo do rodeio
Além do seu pai, João tem grandes referências profissionais dentro do mundo do rodeio. “Minha principal referência e meu grande mentor é o Marcos Pacheco, da MP Promoções. Ele me deu a oportunidade de realizar meu sonho. Aprendi e aprendo a cada dia com ele, homem que tem uma história de vida como a dele no mundo do rodeio é gratificante demais em ser o seu aluno. Agradeço todos os dias pela oportunidade que ele me deu. Esnar Ribeiro, Tião Procópio e Cláudio Ribeiro são meus ídolos por batalhar todos os dias pelo rodeio brasileiro. Sou fã demais deles e fico sempre orgulhoso de trabalhar em rodeios ao lado de meus ídolos e ter como meu irmão amigo e parceiro de longas viagens o Cláudio Ribeiro”.
“Sempre digo a todos que quero ter cada vez mais conhecimento e sabedoria para que eu possa nunca deixar a cultura do rodeio brasileiro acabar. Toda vez que piso na arena da festa de Cajamar nas aberturas e vejo aquele público me emociona demais. Ainda mais quando olho para o lado e vejo minha mãe assistindo, emocionada, em ver que o filho dela continua o sonho do pai”, comenta.
Mesmo transitando entre os principais rodeios do Brasil, João nunca deixou de ser grato, e muitos menos esqueceu suas origens. Ele leva consigo a gratidão à sua cidade natal, e em especial, à Itupeva, que lhe acolheu de forma tão carinhosa. E é com essa gratidão que ele quer seguir levando o nome do município que ele reside até hoje por esse Brasil afora.