Andreia sofre com varizes e precisa se consultar com um médico vascular. (Foto: Arquivo pessoal)
Andreia sofre com varizes e precisa se consultar com um médico vascular. (Foto: Arquivo pessoal)

Andreia Cambuí (40), moradora de Itupeva, tenta a pelo menos dois meses marcar uma consulta com um médico vascular. Como a cidade não tem nenhum especialista atendendo no município, ela aguarda na fila para um atendimento em Jundiaí.

Em agosto, primeira vez que procurou por ajuda no posto de saúde do bairro Monte Serrat, ela foi medicada para dor e pegou sua primeira guia de encaminhamento para se consultar com um vascular. Em setembro, precisou voltar, dessa vez ao Hospital Nossa Senhora Aparecida, onde recebeu uma injeção e um outro pedido de consulta com urgência.

“Eu sinto muita dor. Os médicos já me adiantaram que o meu caso é cirúrgico, mas não posso marcar o procedimento sem passar antes com um especialista”, conta Andreia.

Andreia esperava que em novembro seu caso fosse resolvido, mas ela já foi informada que só conseguirá a consulta em Jundiaí se houver desistência de algum paciente, caso contrário, apenas em dezembro.

“Eu trabalho em pé. A minha situação dificulta não só o meu trabalho em si, mas para me deslocar até minhas clientes também”. Andreia vende joias e semijoias, é manicure e ajuda o marido em uma lanchonete. Para ir de um trabalho a outro, ela utiliza sua moto. Mas, de acordo com ela, utilizar os pedais do veículo causa ainda mais dores.

“Eu procuro ajuda e o que ouço é que tenho que esperar. Eu preciso passar com um vascular e fazer minha cirurgia não para este mês, nem para o próximo. É pra ontem”, desespera-se. “Eu sinto muitas dores nas pernas, tenho vergonha de usar shorts ou vestido e as calças me machucam”.

A Prefeitura de Itupeva foi procurada, mas não respondeu sobre o caso até o momento desta publicação. Quando houver um posicionamento, a reportagem será atualizada.

[tdj-leia-tambem]