A epidemia de dengue em Jundiaí registrou mais uma vítima fatal. A Prefeitura confirmou nesta semana o segundo óbito causado pela doença em 2025. Além das mortes confirmadas, outras duas ainda estão sob investigação, aguardando resultado de exames laboratoriais.
A vítima mais recente é uma mulher de 87 anos, com comorbidades e residente no Jardim São Camilo. O óbito ocorreu no dia 3 de abril. Neste momento, a cidade aguarda resultado de laudo de mais duas mortes pela doença.
Com o avanço da epidemia, a cidade já contabiliza 5.536 casos positivos de dengue desde o início do ano. O número de casos aumentou de forma expressiva mês a mês, especialmente a partir de março. Neste momento, 241 pessoas aguardam os resultados de exames para confirmação ou descarte da doença.
“Desde janeiro, as ações estão reforçadas em todas as regiões para a prevenção e o combate à doença, a partir de vistorias em residências e orientação à população, atividades educativas, mutirão para coleta de lixo e de inservíveis, além de campanhas na mídia. Contudo, a Prefeitura reforça que para a contenção dos casos é necessária a colaboração da população, eliminando objetos que acumulam água, servindo de criadouro para mosquito Aedes aegypti, e realizando corretamente o descarte de lixo e de inservíveis”, escreveu a Prefeitura de Jundiaí.
Além disso, o município prossegue com a oferta da vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O imunizante é aplicado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família, de segunda a sexta-feira. O horário deve ser consultado em cada equipamento de saúde.
Casos aumentam mês a mês
O crescimento da dengue em Jundiaí tem sido acelerado:
- Janeiro: cerca de 200 casos
- Fevereiro: cerca de 500
- Março: mais de 2.300
- Abril: total passa de 5 mil
- Maio (até o dia 8): mais de 200 novos casos
O bairro com maior número de registros é o Residencial Jundiaí, com 567 casos. Na sequência aparecem:
- Novo Horizonte – 530
- Almerinda Chaves – 318
- Tulipas – 244
- Alvorada – 234
Outros bairros também concentram números elevados, com destaque para Jardim do Lago, Jardim Tamoio, Ivoturucaia, São Camilo, Santa Gertrudes, Torres de São José, Hortolândia, Ponte São João, Tarumã, Jardim Pacaembu, Nambi, Colônia, Agapeama, Maringá, Vila Ana e Cecap, todos com entre 100 e 200 casos.
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Transmissão e prevenção
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em água parada. Por isso, a principal forma de prevenção é eliminar criadouros dentro de casa e em áreas externas.
Sintomas mais comuns de dengue
- Febre alta (acima de 38,5ºC)
- Dores no corpo e articulações
- Dor atrás dos olhos
- Mal-estar
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo
A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde orienta que pessoas de todas as idades com sintomas leves procurem as UBSs ou as Clínicas da Família de seu bairro. O atendimento é de segunda a sexta-feira. A admissão para os procedimentos, que seguem o protocolo do Ministério da Saúde, é realizada até uma hora antes do fechamento dos serviços.
Já pessoas com sinais de alerta para gravidade, tais como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosas e alteração de consciência, devem buscar os Pronto Atendimentos (PAs):
- Ponte São João, das 7h às 19h (com fechamento dos portões às 18h);
- Retiro, das 7h às 19h (com fechamento dos portões às 18h);
- Hortolândia, atendimento 24h;
- UPA Vetor Oeste, atendimento 24h.
Dicas para evitar a proliferação do mosquito
- Elimine água acumulada em vasos de plantas, pneus, garrafas, calhas e recipientes abertos
- Mantenha caixas d’água bem tampadas
- Lave com escova os potes de água dos animais
- Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas
- Mantenha lixeiras sempre fechadas
A Prefeitura reforça que a participação da população é essencial para conter o avanço da dengue, já que 80% dos criadouros estão dentro de imóveis residenciais.
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