
Sau·da·de. A origem é do latim, mas nenhum idioma soube empregar tão bem essa palavra, quanto o português. Melhor que o substantivo, só mesmo o sentimento. Afinal, toda saudade é a recordação de um momento bom – pode apostar!
Retribuindo à saudade todas as boas memórias que ela conserva, no dia dela, o Tribuna de Jundiaí preparou uma lista de oito hábitos que todo jundiaiense raiz, que foi jovem nos anos 1980, guarda na lembrança, com carinho.
Que tal uma viagem no tempo?
1. Ir a uma festa no Blue Lake
Há alguns – bons – anos, o número 840 da avenida Jundiaí não abrigava a empresa WCA, de recursos humanos e serviços terceirizados. Ali, os jovens jundiaienses se reuniam para festas de aniversário, casamentos, celebrações.

2. Visitar o Centro de Artes e assistir a uma peça na Sala Glória Rocha
Fechados em 2013 para reformas, o Centro de Artes abrigava loja de disco, livraria, estabelecimentos culturais e a saudosa Sala Glória Rocha. Hoje, depois de pausas no projeto, as obras foram retomadas. De acordo com a Prefeitura de Jundiaí, o prédio vai ganhar acessibilidade, novos camarins e ambiência.

3. Encontrar os amigos no Centro e começar a noite no Fliperama
O bairro pulsante. O Fliperama, localizado ao lado do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, era ponto de encontro dos jovens. Com música e jogos eletrônicos, dali, meninos e meninas partiam para os bares e clubes.
Hoje, Jundiaí tenta resgatar a cultura de encontro no Centro. Um dos projetos, o Sexta no Centro, leva música, arte e gastronomia à Praça Marechal Floriano Peixoto (Praça do Coreto).

4. Chamar alguém por “Ó”: “Ó, José!” ou “Ó, Maria!”
Nem “oi”, nem “olá”, muito menos “e aí”. Na Terra da Uva, para cumprimentar alguém se usava o “ó”.

5. Esbarrar com os amigos no trem durante a viagem para São Paulo e Campinas
A linha férrea ligava Jundiaí a cidades de toda a região e também fora dela. Com 1ª e 2ª classe, os bancos dos trens eram todos virados para a mesma direção como em um ônibus, diferente de hoje, que são fixados nas laterais, virados um de frente para o outro.
Encontrar um amigo no vagão no trem não era coisa rara. Se isso acontecesse, a solução era simples. Bastava virar o banco para o sentido contrário e ficar frente a frente com o do colega.

6. Curtir o Carnaval nas ruas do Centro ou nos clubes
Enquanto as escolas desfilavam no Centro, nos clubes, as orquestras embalavam os foliões. Nessa época, os clubes 28 de setembro, Jundiaiense, Grêmio e o já extinto Esportiva eram um dos principais programas para os jovens da cidade, que com os amigos, viravam a noite cantando e dançando.


7. Tomar um cafezinho na Paulicéa
Lanchonete, restaurante e padaria. Mas, por 110 anos, a extinta Paulicéa era conhecida mesmo por ser parada rápida para um cafezinho e bom papo.

8. Assistir ao lançamento da semana no Cine Ipiranga ou Marabá
Dos anos 1960 a 1990, era nos cinemas do Centro que os jovens assistiam os lançamentos da indústria cinematográfica. Hoje, os prédios da rua Barão e rua do Rosário, são ocupados por comércio e estacionamento.


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