
A luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, não dá trégua. Em Jundiaí, a Prefeitura alerta não apenas quem mora no nível térreo, mas também os residentes e trabalhadores de andares altos. Muitos acreditam que o mosquito não consegue alcançar os andares superiores dos edifícios, mas isso é um mito.
De acordo com a gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), biomédica Ana Lúcia de Castro Silva, o Aedes aegypti possui um raio de voo de até 1 mil metro quando não está alimentado e de 250 metros quando está. Contudo, o inseto pode facilmente se deslocar entre andares por meio da chamada “dispersão passiva”.
Isso ocorre quando o mosquito utiliza o elevador ou escadas do edifício, ou ainda, se prende a roupas e objetos. Em alguns casos, ele chega até os andares superiores como ovo, sem água, ou nas fases aquática, como larvas e pupas, transportado em recipientes como vasos e pneus.
“Muitas pessoas acreditam que, por morarem em apartamentos, estão protegidas da dengue. Mas, além dos criadouros nas áreas térreas, como pratos de plantas e ralos, o mosquito pode se deslocar para andares mais altos e continuar a se proliferar”, alerta Ana Lúcia.
O mosquito também pode chegar em sua fase aquática
A biomédica também explica que, em bairros horizontalizados, onde as casas têm certa distância entre si, a propagação do mosquito pode ser um pouco mais controlada. No entanto, em áreas com condomínios, onde as construções estão mais próximas, o risco de disseminação é maior.
“A fêmea do Aedes aegypti vive perto das pessoas, pois precisa se alimentar de sangue. Por isso, é fundamental que todos adotem medidas preventivas para eliminar os criadouros do mosquito. Somente com uma atitude proativa conseguiremos controlar os casos. A dengue é uma doença grave e pode levar ao óbito”, enfatiza.
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O cenário atual da dengue em Jundiaí
De acordo com o último Boletim de Arboviroses, a cidade de Jundiaí já registrou 408 casos de dengue desde o início de 2025. As autoridades municipais têm intensificado as medidas para conter a disseminação da doença.
As ações incluem vistorias regulares em imóveis para detectar possíveis criadouros, orientações para os moradores, ações de vigilância epidemiológica, mutirões para recolhimento de inservíveis e campanhas educativas de prevenção.
Além disso, o município segue oferecendo a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. O imunizante está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Clínicas da Família, de segunda a sexta-feira. É importante consultar o horário de atendimento em cada unidade de saúde.
Rede de atendimento para casos de dengue
A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) orienta que qualquer pessoa com sintomas de dengue, como febre, dor de cabeça, dores no corpo, articulações, manchas na pele, dor nos olhos, fraqueza e vômito, procure atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Clínicas da Família.
Em casos de sinais de alerta para formas graves da doença, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, náuseas e alteração de consciência, os pacientes devem buscar atendimento imediato nos Pronto Atendimentos (PAs) ou na UPA Nova Horizonte.
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