
Depois de se mudar para os EUA, se encontrar em uma nova profissão e começar uma nova vida, o jundiaiense Valter Santana foi um dos privilegiados a receber a vacina contra a Covid-19 no país norte-americano.
A história de Valter mudou em fevereiro de 1989, quando o estudante de Letras e residente do bairro Vila São Paulo, descontente com a situação econômica do Brasil, resolveu tentar a vida nos Estados Unidos. Para conquistar o objetivo, procurou fazer intercâmbio e outras alternativas que o ajudariam a se mudar.
Mas o convite de um amigo residente dos Estados Unidos facilitou sua transição e Valter conseguir ir para o norte do continente, onde inicialmente moraria por um ano, para estudar inglês. No entanto, nos anos 90 o jundiaiense conseguiu a legalização e se tornou cidadão americano de vez.
Com as oportunidades que conseguiu no país, tornou um sonho em realidade e no início dos anos 2000 se formou em enfermagem. Desde então, se especializou como enfermeiro cirúrgico e trabalha no Kaiser Permanente San Francisco Medical Center há 16 anos.

Processo de vacinação
Por ser profissional da saúde, Valter estava no grupo prioritário para receber a imunização contra o novo coronavírus.
“No dia 21 de dezembro fui inoculado com a vacina da Pfizer e receberei a segunda dose no dia 11 de janeiro. Até o presente momento não sofri nenhum efeito colateral”, conta.
Para Valter, receber a vacina foi de extrema importância também para a continuação segura de seu trabalho e de seus pacientes. “A sensação foi de alívio e gratidão, porque muitos pacientes que requerem cirurgias de emergência entram rapidamente no centro cirúrgico, onde ficamos muito vulneráveis a contaminação.”
“A minha gratidão também se estende a toda a equipe hospitalar, municipal, e estadual na luta diária contra a contaminação do vírus”, comenta Valter.
O brasileiro ainda alerta sobre a importância da vacina para o combate ao coronavírus: “Obrigado pela oportunidade em poder de alguma forma incentivar pessoas indecisas e desinformadas a tomar a vacina. Nesse momento de transtorno e morte da pandemia, vacina é a única opção de cura”.