
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado neste sábado (2), e vem reforçar o respeito ao adulto ou criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). “Nós, da APAE de Jundiaí trabalhamos, incansavelmente, neste sentido: levar informação para conscientizar as pessoas e acabar com o preconceito sobre a pessoa com autismo, além de reforçar a importância do diagnóstico precoce”, explica Suely Angelotti, diretora executiva da APAE.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um distúrbio neurológico que pode afetar três áreas do desenvolvimento humano: a comunicação, a socialização e o padrão comportamental, seja ela restritivo e repetitivo. “O primeiro passo a ser dado quando chega o diagnóstico é estimular a criança nas áreas necessárias, seja por fonoaudiólogo para trabalhar a questão da expressão e comunicação; terapeuta ocupacional para habilidades sensoriais além do psicopedagogo e psicólogo para as questões cognitivas”, explica a coordenadora de Saúde, Camila Mendes.
A inclusão ainda é um grande desafio para esse público, e o processo terapêutico demanda uma parceria efetiva entre a família e os profissionais envolvidos. “Esta parceria traz uma série de vantagens para ambas as partes e, principalmente, para a reabilitação em si. Com isso, ampliam-se as intervenções sobre o comportamento do usuário para o ambiente externo orientando a família sobre como agir e estimular a criança em diferentes ambientes que frequentam”, explica. “Eles fazem parte da sociedade e merecem o nosso respeito”, defende.
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A importância do diagnóstico precoce
No caso do TEA, quanto mais cedo iniciado o tratamento adequado, melhor é a qualidade de vida da criança autista. “Observamos que de nos últimos anos, houve um aumento no encaminhamento de crianças a partir de 2 anos com TEA para avaliação diagnóstica”, anuncia Camila.
A área de Saúde, a APAE promove atendimento somente para pessoas com TEA associado à Deficiência Intelectual. Segundo Camila, são 24 usuários, de 2 a 5 anos e 11 meses, que passam com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. “Temos também o programa de Atendimento Especializado: são 18 usuários na faixa etária de 7 a 18 anos e 11 meses que realizam atendimento em terapia ocupacional, psicopedagogia e/ou fonoaudiologia. São atividades realizadas com objetivo de promover o desenvolvimento neuropsicomotor potencializando o processo de aquisição de suas funções cognitivas e habilidades socioafetivas”, explica.
No Centro de Convivência, a APAE atende 10 usuários na faixa etária de 18 a 37 anos. “Os atendimentos são focados na manutenção de um estilo de vida saudável, no desenvolvimento da autonomia para as atividades de vida diária, atividades instrumentais de vida diária, da independência, autocuidado, socialização e inclusão social”, enumera. Os usuários passam por atendimentos em grupo, com atividades na área de musicoterapia, arteterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, educação física, psicologia e monitor cozinha.