
O Dia Mundial de Doação de Leite Humano, comemorado nesta quarta-feira (19), é uma iniciativa para sensibilizar a população sobre a importância de doar o leite humano. Os principais objetivos desta data são de estimular a doação de leite materno; promover debates sobre a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano e divulgar os bancos de leite humano nos estados e municípios brasileiros.
Em Jundiaí, o Banco de Leite Humano (BHL) atua desde 1998. Em junho, o BLH completa 23 anos e ao longo desse período já cadastrou mais de 8.600 doadoras. No mês de abril foram realizados 688 atendimentos, pasteurizados 89.115 ml de leite humano, distribuídos para as UTIS 98.330 ml e atendidos 43 bebês.
Nesse momento, o local está trabalhando com o estoque com 60% de sua capacidade e precisa de novas doadoras. “No início da pandemia, nosso estoque ficou além de costume. Fechamos praticamente mais de 100 litros pasteurizados no ano passado. Quando começou a ficar mais tranquilo, o volume de leite coletado começou a cair bastante. Hoje, trabalhamos com o estoque cerca de 40% mais baixo. Além disso, muitas doadoras tiveram que suspender a doação devido a sintoma gripal ou Covid positivo”, explica a coordenadora do Banco de Leite de Jundiaí, Marcelas Bionti.
Como doar?
Toda mulher que está amamentando e tem leite em excesso é possível ser doadora. Para doar, basta ser saudável e não estar fazendo uso de nenhum medicamento que interfira na qualidade do leite materno. A equipe do Banco de Leite retira o leite na casa da doadora, desde que resida em Jundiaí, Itupeva, Cabreúva, Itatiba, Louveira, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
As interessadas podem entrar em contato com o Banco de Leite pelo 08000-178155. A equipe fará uma breve entrevista e, estando apta para ser doadora, as enfermeiras vão até a residência e ensinam como fazer a ordenha e armazenamento. “Faço doação de leite desde novembro de 2020. Vi pelas mídias sociais que precisavam de leite. Entrei em contato e a enfermeira veio em casa e me explicou certinho como fazer. Resolvi doar para ajudar os outros bebês que necessitam”, conta Marina Silva Sato Oliveira, 26 anos, moradora no Bairro Jardim das Minas em Itupeva e mãe de um bebê de um ano.
Dúvidas
Segundo Marcelas, ainda hoje existem muitas dúvidas e mitos na amamentando. Por exemplo, de que o leite estraga quando a mulher engravida é está amamentando. “Isso não acontece, pode alterar um pouco o sabor do leite, mas devido a questão hormonal. A única atenção são para mulheres com histórico de trabalho de parto prematuro”.
Outra questão, como diz Marcela, é sobre os benefícios do leite após seis meses de idade do bebê. “O bebê passa a ter necessidades maiores de nutrientes, porém o leite materno ainda é importante fonte nutricional e sua composição ainda continua importante, principalmente a questão imunológica, o leite vai se moldando de acordo com a faixa etária da criança e com o ambiente que a criança está”, acrescenta ela.
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