
Alegria, olhares atentos e muita satisfação. Este foi o saldo mais do que positivo da visita feita por crianças e adolescentes acolhidos pela Casa Transitória de Jundiaí, que conheceram a sede da Guarda Municipal (GMJ) e também acompanharam uma apresentação do Canil.
Os visitantes assistiram a demonstrações como busca por faro, identificação de objetos e de pessoas, além de tirar dúvidas. Isso tudo além de uma pausa para brincar e fazer carinho nos cachorros. O Canil conta, atualmente, com 17 integrantes: um Rottweiler, um Bloodhound, dois Labradores e 13 da raça Pastor Belga-Malinois.
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“Deu até vontade de levar um dos cães embora”, contou uma adolescente de 15 anos. Outro visitante, de nove anos, também ficou impressionado. “Gostei tanto dos pequenos quanto dos grandes. O mais legal foi conhecer as casinhas onde eles dormem”.
“A proposta desta visita está inserida em uma série de atividades que temos promovido com os usuários da rede socioassistencial, para que eles conheçam os serviços e equipamentos municipais. Dessa forma trabalhamos a mudança de perspectiva e de pertencimento. Tudo começou em junho deste ano, quando uma das acolhidas que sonhava em ser policial realizou o sonho de conhecer a GM. Desde então, promovemos tanto a visita ao Canil pelos abrigos quanto dos acolhidos à sede da corporação e a outros espaços, como o Mundo das Crianças”, explicou a gestora Maria Brant, de Assistência e Desenvolvimento Social.

A Casa Transitória e a Casa de Nazaré – que também realizou a visita, há algumas semanas – são organizações da sociedade civil (OSC) com as quais a Prefeitura celebra, por meio da unidade, termo de colaboração para abrigamento de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar.
Para a educadora social da Casa Transitória Maria Cristina Fernandes, a visita é importante para que os abrigados conheçam novas realidades. “Este contato é importante para a mudança de perspectivas. Eles conheciam os agentes policiais somente pelo ângulo da abordagem e hoje puderam ver um outro lado”.
Portas abertas
Durante o acolhimento, motivado por decisão judicial, é realizado um trabalho junto à rede socioassistencial até o retorno à família de origem, à família extensa (parentes próximos) ou, esgotadas as possibilitadas, a adoção.
“Ficamos felizes em receber este grupo, pois é mais uma forma de compartilhar a nossa preocupação e nossa meta de sempre realizar um serviço de excelência com a sociedade”, destacou a coronel Carla Basson, gestora da Unidade de Segurança Municipal.