Casados há 32 anos, marido doa rim à mulher em Jundiaí
Casados há 32 anos, marido doa rim à mulher em Jundiaí

Há três anos, a aposentada Estela Aparecida Valiente Maia, de 57 anos, recebia a maior prova de amor de seu marido Valter Maia: um rim.  “Sou grata ao meu marido que me doou um rim e me deu uma nova vida”, comemora.

Estela e Valter são casados há 32 anos e desde 2000 a aposentada lutava contra uma glomerulonefrite, inflamação do glomérulo, uma unidade funcional do rim. 

Ela começou a fazer hemodiálise em 2009 e depois de três anos ela foi chamada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para realizar um transplante de doador cadáver. “Fui toda feliz, com vários planos na cabeça”, recorda.

Mas horas depois do procedimento, veio a triste notícia: o transplante apresentou rejeição e Estela teve que voltar para a hemodiálise.

“Eu fiz sete anos de hemodiálise, durante três vezes na semana, com sessões de 4 horas. Levantava às 5h da manhã e saia às 10h da hemodiálise para trabalhar depois”, lembra. 

O transplante

Depois de alguns anos, Estela descobriu uma nefrologista renomada de São Paulo e começou a fazer um novo tratamento para deixar seu sangue compatível com o de seu esposo. 

Então, no dia 30 de março de 2016, Estela recebeu o “tão sonhado e esperado” transplante no Hospital Samaritano, em São Paulo.

Ao Tribuna de Jundiaí, Valter disse que essa foi uma das decisões mais importantes da sua vida.  “Me senti em paz, leve e muito feliz por amenizar o sofrimento de uma pessoa muito importante na minha vida. Em nenhum momento senti medo, foi uma decisão lógica, tranquila e consciente”, afirma o engenheiro civil de 60 anos. 

A recuperação do casal foi ótima, Valter teve alta após três dias e Estela permaneceu internada durante 21 dias. “No início senti uma grande preocupação, mas depois foi só confiança e felicidade”, completa o engenheiro. 

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Valter ainda ressalta que a doação de órgão deve ser encarada como uma atitude natural, “é uma forma de amenizar a dor do próximo sem que a sua saúde e bem-estar sejam afetados”. “Muitas vidas poderiam ser salvas ou vividas com maior dignidade e qualidade, com a doação de órgãos”, finaliza.