
A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e o colégio Ser, se uniram para ajudar a escola com uma situação atual e frequente de uso de cigarro eletrônico. Conhecidos como vapes, o item virou sensação nos últimos anos, usado livremente em bares, festas e até escolas.
Juntos com o pneumologista da FMJ, Eduardo Leme, planejaram duas ações: uma com foco nos pais e outra com foco nos alunos. Em maio, o Prof. Dr. Eduardo Leme conversou com os pais e em seguida com os 385 alunos do ensino fundamental e médio do colégio. O bate-papo foi dinâmico e descontraído. Ele fez questão de enfatizar os problemas que este vício traz.
A partir daquele momento, o projeto que era para ser uma única palestra neste colégio, ganhou proporções grandes e a Faculdade de Medicina de Jundiaí recebeu muitos convites para falar sobre o assunto.
A palestra também já aconteceu na Escola La Fontaine para mais de 300 alunos. As próximas ações acontecem no colégio Domus Sapiens, Colégio Crer e em breve o pneumologista atenderá o convite de uma escola de São Paulo na Vila Madalena. Estas palestras não têm custo. A Faculdade de Medicina de Jundiaí atua na Comunidade para diminuir o vício em cigarro eletrônico.
Cigarros eletrônicos
O cigarro eletrônico é um dispositivo com o formato de um cigarro convencional ou caneta. Ele contém uma bateria, geralmente de íon-lítio, e um depósito onde se coloca um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e inalado
Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas revelou que quase 20% dos adultos entre 18 e 24 anos já experimentaram cigarro eletrônico. A pesquisa não entrevistou menores de idade.
“A indústria não tem muito interesse nos velhos fumantes. Eles já estão viciados, eles já fizeram as suas doenças, eles não querem saber disso, não querem falar sobre isso. Então, eles querem é que o público jovem comece a usar”, afirma Ana Menezes, epidemiologista e pesquisadora da UFPel.
Desde 2009, a Anvisa proíbe a venda, a importação ou a propaganda de cigarros eletrônicos. Mas após 19 projetos de lei sobre cigarros eletrônicos em análise no Congresso Nacional, o tema entrou em pauta novamente.
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