
Às vésperas de completar 369 anos, celebrados neste domingo (14), Jundiaí reforça um de seus pilares: a força do comércio local. Segundo dados da RAIS 2024 e do Caged 2025, o município contabiliza 6.378 estabelecimentos cadastrados até 31 de dezembro de 2024, responsáveis por gerar 23.823 empregos celetistas até setembro de 2025.
A variedade de segmentos é um dos principais diferenciais e sustenta a representatividade da cidade na região.
Os principais segmentos do comércio jundiaiense
O ranking dos oito grupos que concentram o maior número de estabelecimentos e empregos celetistas no varejo, conforme a CNAE, revela a diversidade do setor:
- Vestuário, calçados e artigos novos – 1.961 estabelecimentos (31%) e 4.927 empregos (21%)
- Eletrodomésticos, informática, comunicação e móveis – 1.168 estabelecimentos (18%) e 2.831 empregos (12%)
- Padarias, hortifrutis, açougues e bebidas – 912 estabelecimentos (14%) e 2.009 empregos (8%)
- Material de construção, vidros, ferramentas e tintas – 723 estabelecimentos (11%) e 2.523 empregos (11%)
- Farmácias, perfumarias e artigos médicos e ópticos – 617 estabelecimentos (10%) e 2.401 empregos (10%)
- Hipermercados, supermercados e lojas de departamento – 581 estabelecimentos (9%) e 7.213 empregos (30%)
- Livros, papelarias e artigos recreativos e esportivos – 292 estabelecimentos (5%) e 596 empregos (3%)
- Combustíveis para veículos automotores – 124 estabelecimentos (2%) e 1.323 empregos (6%)
Localização estratégica e resiliência econômica
Para Edison Maltoni, presidente do Sincomercio e da CDL Jundiaí, o fortalecimento do comércio está diretamente ligado à posição geográfica e à infraestrutura da cidade.
“O comércio é o maior gerador de emprego e renda do país, e sempre se desenvolve se tem meios de transporte para pessoas e mercadorias. A linha férrea ajudou no desenvolvimento do Centro, a localização da cidade também, entre São Paulo e Campinas. Jundiaí tem a Anhanguera, Bandeirantes e acessos à Dom Pedro na região. Tudo isso faz com que o comércio seja pujante. Tanto é que em situações de crise, Jundiaí até sente, mas consegue se estabilizar e se recuperar antes por causa dessa força”, afirma.
Maltoni também ressalta que a cidade se consolidou como polo de consumo e atração de marcas.
“Não é preciso que o jundiaiense vá até São Paulo para ter diversos produtos, como ocorria há décadas. O número de empresas que vêm para cá também mostra a importância da cidade. É difícil uma concessionária de automóveis que não tenha em Jundiaí, por exemplo”, cita.
Atualização e experiência do consumidor: fatores-chave de sobrevivência
Segundo o dirigente, os comércios que se mantêm competitivos investem continuamente em gestão, capacitação de equipes, tecnologias de controle de estoque e novas modalidades de pagamento e venda, especialmente no ambiente digital.
“Hoje o consumidor está cada vez mais exigente e prático. Ele tem mais facilidade de pesquisar pelos produtos e preços pelas redes. Então além do melhor preço, ele também procura uma experiência de consumo, um atendimento diferenciado, uma atenção que nem sempre o digital pode oferecer”, pontua Maltoni.
Com um setor varejista diversificado e resiliente, Jundiaí entra em seu 369º aniversário reafirmando o protagonismo econômico e a capacidade de se reinventar para atender um consumidor em constante transformação.