
Na última sexta-feira (8), o Centro Integrado de Emergência e Segurança (CIES), na Vila Mafalda, foi palco da Conferência Guardiã Maria da Penha, com o tema “Apoio e melhor caminho para a mulher vítima de violência – a interrupção do sofrimento, do atendimento policial até o acolhimento”.
O encontro reuniu autoridades municipais e regionais, gestores públicos, representantes da rede de proteção às mulheres e integrantes da Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ) e de outras cidades.
O evento fez parte das ações do Agosto Lilás, mês de conscientização e combate à violência contra a mulher, e também celebrou os 19 anos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006). A proposta foi promover a troca de experiências e alinhar protocolos de atendimento, garantindo que a proteção à vítima seja efetiva desde o primeiro contato com as forças de segurança até o acolhimento em abrigos como a Casa Sol.
Autoridades reforçam importância da atuação integrada
Durante a abertura, o vice-prefeito Ricardo Benassi destacou o trabalho dos agentes:
“Hoje, em especial, agradeço à equipe do Guardiã Maria da Penha por cuidar de cada mulher de Jundiaí. A palavra que deixo aqui é gratidão, pelo comprometimento em servir e proteger a população.”
A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade (Funss), Ellen Martinelli, ressaltou a necessidade de união de esforços:
“Sabemos que cada número representa uma vida em risco. Antes de chegar à Casa Sol ou à Delegacia da Mulher, essa mulher precisa encontrar apoio e empatia no primeiro atendimento. A atuação da Guarda Municipal é essencial para transformar esse momento de vulnerabilidade em um ponto de recomeço.”
Para o gestor da Unidade de Gestão de Segurança Municipal (UGSM), Guilherme Rigo, a diferença do programa está no acompanhamento constante:
“Antes, a mulher recebia apenas um papel com a medida protetiva. Hoje, há acompanhamento constante, com visitas e monitoramento para garantir que ela esteja segura.”
Acolhimento humanizado como chave para romper o ciclo de violência
A subinspetora Adriana Camargo, coordenadora do Guardiã Maria da Penha, enfatizou a importância do acolhimento:
“Quando nós, que somos a porta de entrada, não acolhemos, corremos o risco de perder essa mulher para o ciclo da violência. Quando ela encontra acolhimento, ela encontra vida.”
A conferência também prestou homenagens a profissionais que se destacam na proteção às mulheres, como Fátima Giassetti (Delegada da DDM de Jundiaí), Haydee Massotti Leite (Casa Sol), Rosita Lopes Veras (Investigadora de Polícia), Andreia Melo (GMJ) e Maria Aparecida da Matta (Polícia Militar).
Palestras e experiências inspiradoras
A programação contou ainda com palestras sobre legislação, protocolos de segurança, integração entre órgãos e atendimento humanizado. Entre os participantes estavam Maria Helena Taranto Jóia (Delegada de Polícia Deinter 2), Silene Aparecida dos Santos (Coordenadora da Casa Sol), Yuri Rocha (Capitão da PM) e Gabriela Pires Nogueira(Procuradora do Município).
Silene explicou que a Casa Sol recebe mulheres sob risco de morte e seus dependentes, oferecendo abrigo temporário, apoio psicológico e social, além de encaminhamentos para a retomada da autonomia:
“Cada mulher tem sua história. Nosso trabalho é individualizado, com um plano de ação definido junto com ela, para que possa reconstruir sua vida com segurança.”
Compromisso coletivo
Ao final, ficou evidente que o enfrentamento à violência doméstica depende de uma rede de proteção forte, acolhimento humanizado e integração entre segurança pública, justiça e assistência social, garantindo não apenas a proteção, mas também a oportunidade de recomeço com dignidade para cada mulher atendida.
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