Coral improvisado emociona Jundiaí cliente autista inicia canto e restaurante inteiro acompanha
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um momento de empatia e solidariedade marcou um jantar na última quarta-feira (11), em uma churrascaria de Jundiaí. O que seria apenas uma confraternização entre amigos da igreja pelo Dia dos Namorados se transformou em uma cena emocionante quando um homem com autismo começou a cantar e foi acompanhado, de forma espontânea, por dezenas de clientes do restaurante, que uniram suas vozes em uma canção gospel.

Crise sensorial deu início ao momento de união

De acordo com Silas, tudo aconteceu de forma inesperada. Um dos amigos presentes no jantar, Aldanis, é autista e apresentou sinais de crise sensorial ao se sentir incomodado com o ambiente cheio e barulhento. A esposa, preocupada, pediu que Silas o acompanhasse até o lado externo do restaurante para que pudesse se acalmar.

“Mas, ao chegar à porta, ele percebeu que havia esquecido o crachá de identificação do TEA e preferiu voltar à mesa, com receio de passar por alguma situação constrangedora”, contou Silas.

Canto espontâneo tocou o coração dos presentes

De volta à mesa, o grupo tentou retomar a conversa, mas Aldanis voltou a demonstrar desconforto. Em busca de alívio, começou a cantar uma música gospel – e, para surpresa de todos, sua voz não ficou sozinha por muito tempo.

“Um senhor de outra mesa, que não conhecíamos, passou a cantar junto. Em seguida, mais pessoas começaram a acompanhar. Quando percebemos, o restaurante inteiro estava unido em um só coro. Foi algo natural, sem qualquer tipo de ensaio ou combinação”, relembra.

Um gesto de acolhimento, sem barreiras religiosas

O momento comoveu quem estava no local e também nas redes sociais, onde o vídeo circulou com elogios à sensibilidade das pessoas envolvidas. Silas destaca que o grupo não teve a intenção de fazer uma manifestação religiosa, mas sim de acolher o amigo.

“Aquele momento foi uma forma de libertação para nosso amigo, e a resposta das pessoas foi um gesto de aceitação e empatia. Muitos ali nem sabiam que éramos evangélicos ou que ele tinha TEA.” Assista ao momento: