gato de energia
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Ligações clandestinas de rede elétrica, os famosos “gatos” de energia, têm aumentado neste primeiro semestre de 2021 na região de Jundiaí e em outras cidades do Estado de São Paulo. De acordo com a CPFL, as regiões de Jundiaí, Sorocaba e Itapetininga tiveram um crescimento de 77% se comparados ao mesmo período do ano passado.

Desde o início deste ano, foram identificadas 6.435 ligações clandestinas nas regiões. Além de ilegais, as ligações clandestinas também aumentam as chances de acidentes envolvendo energia elétrica, colocando a vida de toda a população em risco.

Os “gatos” também prejudicam outros clientes da CPFL, porquê aumentam a possibilidade de queda de energia nas residências da região, e o valor das contas pela “recuperação de perdas comerciais”.

Um exemplo foi o aumento no valor da conta de energia por causa das ligações irregulares identificadas pela CPFL em junho. No total, a conta subiu 7,81%.

Veja os números dos crescimentos de gatos, entre janeiro a julho de 2021:

  • Jundiaí: 286 em 2020; 349 em 2021.
  • Itupeva: 50 em 2020; 62 em 2021.
  • Sorocaba: 887 em 2020; 1.399 em 2021.
  • Votorantim: 79 em 2020; 335 em 2021.
  • Boituva: 78 em 2020; 476 em 2021.

Ilegal

O “gato” desvia ou puxa a energia da rede elétrica, sem o conhecimento e a autorização da concessionária responsável e sem registro da energia consumida.

Fraude na rede elétrica é o ato intencional de manipular os equipamentos de medição da CPFL, para reduzir ou “zerar” o faturamento efetivo da casa ou comércio.

Os dois casos são crimes previstos no Código Penal Brasileiro. A fraude pode ser caracterizada como estelionato e está prevista no artigo 171; o furto está previsto no artigo 155, § 3º. Assim, a pena para esses crimes varia de um a oito anos de prisão.

Além disso, a Justiça irá cobrar os valores retroativos referentes ao período fraudado, e com multa. O responsável também pode ter o seu fornecimento de energia suspenso pela concessionária.

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