
A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) concluiu, na última semana, a primeira etapa do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), iniciativa que reuniu funcionários, estudantes de medicina e profissionais da área da saúde em 12 encontros ao longo de três meses. Ao todo, foram 24 horas de aprendizado voltadas para a promoção da inclusão e a quebra de barreiras comunicacionais com a comunidade surda.

Transformação por meio do aprendizado
Para Susana da Silva, aluna do curso, a experiência foi marcante. “Aprendi muito, mas sei que ainda é pouco diante da complexidade da Libras. Esse curso abriu minha mente. Todos deveriam fazer, não só quem atua na saúde”, comentou.
Susana destacou ainda como o curso ampliou sua percepção sobre a realidade das pessoas surdas. “Agora posso ajudar em situações simples, como no mercado ou no ponto de ônibus. Conhecer esse mundo é fascinante.”
Um dos momentos mais emocionantes, segundo ela, foi ao conhecer a história dos pais de Luciano, intérprete de Libras, que atua com duas crianças — uma delas surdocega — a quem ele se refere como “presentes de Deus”.
“Quando vi a foto dessa criança sorrindo, pensei: porque reclamamos tanto?”, relatou Susana, emocionada.
Durante o encerramento, Susana vivenciou outro momento especial: foi “batizada” por um surdo, que criou um sinal em Libras para representá-la, inspirado em seu cabelo ondulado. “Foi muito emocionante”, contou.
Comunicação como ponte para empatia
Levi Oliveira, estagiário da FMJ, também participou da formação e destacou o dinamismo das aulas práticas. “A gente se apresentava em Libras na frente da sala, conversava entre nós. Isso me deu mais confiança”, afirmou.
Com o sonho de se tornar policial, Levi vê o curso como uma ferramenta essencial para seu futuro profissional. “Posso ajudar em uma abordagem, na rua, no mercado. Amei o curso”.

Compromisso com acessibilidade
A FMJ reforça seu papel como agente de transformação social, ao promover ações que estimulam a inclusão por meio do conhecimento. Ao investir na formação em Libras, a instituição contribui para uma sociedade mais empática e acessível, especialmente no contexto da saúde, onde a comunicação pode ser vital.
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