Sandra Maria Dias nasceu em Martinópolis, no interior de São Paulo, mas veio para Jundiaí em 2010. Há quatro meses, ela realizou seu sonho de infância, inspirada pelo pai, e se tornou motorista de ônibus do Sistema Integrado de Transporte Urbano (Situ), o famoso “amarelinho” de Jundiaí.
Desde que se entende por gente, Sandra tem paixão por veículos grandes. Essa paixão foi passada de geração, já que seu pai, sua grande inspiração, era motorista de caminhão. “Eu achava demais dirigir veículos grandes. Ele me colocava no colo e eu amava manobrar o caminhão”, conta.
Mas não é tão simples quando se pensa, e esse sonho de ser motorista acabou ficando para trás quando a realidade bateu à porta. Ainda assim, Sandra nunca parou de imaginar a vida como ela queria.
Em 2010, uma amiga contou para Sandra sobre as oportunidades de emprego em Jundiaí, e a convenceu de se mudar para a Terra Querida. Aqui, Sandra passou anos trabalhando como cozinheira, mas, de acordo com ela, “cozinheira não ganhava suficiente pra mudar a categoria” de sua habilitação.
‘Nunca fui tão feliz’
De repente, Sandra enxergou uma oportunidade em um momento difícil. A cozinha que ela trabalhava perdeu o contrato e precisou demitir todos os funcionários. “Daí falei: ‘é agora!’, e usei a rescisão e as parcelas do seguro para mudar minha vida”, explica.
Com esse valor, e o apoio de sua mãe, Sandra fez todos os cursos necessários para se tornar a motorista que sempre quis. Sua “mamãe”, como a chama, a apoiou emocional e financeiramente, mas infelizmente não pode colher os frutos do esforço da filha.
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“Ela sonhava me ver dirigindo, como papai. Mas ela não conseguiu esperar. Adoeceu e faleceu 20 dias antes de eu conseguir passar no teste da Jundiaiense”, conta Sandra.
Mesmo com a dor de perder a mãe, ela não desistiu quando estava tão perto do seu objetivo, e passou no processo seletivo. “Nunca fui tão feliz em uma profissão como agora!”
Em março, mês da mulher, Sandra celebra quatro meses de trabalho como motorista de ônibus. Mas, além disso, celebra todos os dias sua força de vontade, sede por desafios e persistência de alcançar seus objetivos.
Por isso, neste Dia Internacional da Mulher, contamos a história da Sandra, que mostra que não há tempo ruim ou pouco tempo para realizar seus sonhos e seguir andando.
