À esquerda, mulheres se abraçando - uma delas não possui o braço; à direita, cadeirante.
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Neste domingo (27), o Dia do Motociclista ganha um tom de alerta em Jundiaí. Mais que uma data comemorativa, é um convite à reflexão sobre a dura realidade enfrentada no trânsito da cidade. Nos últimos 12 meses, Jundiaí liderou o ranking nacional de mortes no trânsito entre municípios com mais de 300 mil habitantes — e mais de 50% das vítimas eram motociclistas.

Diante desse cenário alarmante, a Prefeitura de Jundiaí reforça a importância de escolhas seguras no trânsito, com campanhas educativas e histórias que revelam o impacto de segundos de imprudência.

“Era só um cruzamento, mas mudou o sentido da minha vida”

Milton, de 37 anos, voltava para casa de moto, em 2019, quando sofreu um acidente em um cruzamento. O impacto com um veículo o deixou paraplégico. Hoje, conhecido como “o cadeirante feliz do bairro”, ele carrega uma história de superação que inspira e alerta.

“Depois do acidente, a minha vida mudou fisicamente, claro, mas também mudei por dentro. Eu achava que era só eu no mundo. Não me importava com ninguém, nem com minha família. O acidente me ensinou a viver de novo”, relata.

Sua reabilitação contou com o apoio do NAPD (Núcleo de Assistência à Pessoa com Deficiência), da Prefeitura de Jundiaí, onde teve acesso a fisioterapia, apoio psicológico e retomou a autonomia. “Entendi que a vida tem propósito. Hoje vejo que, se eu fosse mais prudente, nada disso teria acontecido. Educação no trânsito salva vidas”.

“A vida muda em segundos. E às vezes não tem volta”

Em novembro de 2023, Kathleen, de 24 anos, sofreu um grave acidente de moto. Em um dia de calor, a caminho do trabalho com a mãe na garupa, perdeu o controle da moto e colidiu com um guarda-corpo. O impacto resultou na perda do seu braço direito.

“Não me lembro de nada. Quando acordei, tinha perdido o braço direito. Era o que eu mais usava, sou destra. Minha autoestima e independência ficaram destruídas”, conta.

A recuperação foi desafiadora, mas ela conseguiu readaptar sua rotina: “Hoje consigo fazer 90% das coisas com o braço esquerdo. A vida mudou, mas sigo em frente. O motociclista é muito vulnerável. Quem anda de moto precisa ter consciência e dirigir por si e pelo próximo”.

A mãe, Suzi, também se feriu e passou por um período de reabilitação em cadeira de rodas. “Ver minha filha naquela situação foi traumatizante. A imprudência no trânsito pode matar. São segundos que mudam a vida de toda uma família. A gente aprende que precisa ter mais paciência, mais respeito e mais responsabilidade”.

Escolhas que salvam vidas

As histórias de Milton e Kathleen representam uma realidade evitável. Por isso, neste Dia do Motociclista, a Prefeitura de Jundiaí reforça orientações fundamentais:

  • Use sempre capacete e equipamentos de segurança;
  • Respeite os limites de velocidade;
  • Evite conduzir com sono ou sob efeito de substâncias;
  • Redobre a atenção em cruzamentos e vias de tráfego intenso.

“Não deixe um acidente contar sua história. Escolha a vida”.

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