
Em 13 de julho, celebramos o Dia Mundial do Rock, uma data que homenageia um dos gêneros musicais mais influentes e vibrantes da história. O rock, conhecido por sua energia pulsante e letras impactantes, sempre encontrou espaço nos corações de seus fãs, perpetuando sua relevância através das décadas.
Em Jundiaí, não é diferente. A cidade possui uma cena musical rica e diversificada, com bandas que se dedicam a manter a chama do rock acesa, contribuindo para a cultura local e inspirando novas gerações. Assim, em homenagem à data, trouxemos um pouco da história de quatro dessas bandas que representam o espírito do rock em Jundiaí, mantendo viva a essência desse gênero icônico.
Agnus Rock

Desde 1998, a Agnus Rock agita o cenário do rock’n’roll com a sua receita: clássicos reinterpretados com fidelidade e criatividade, temperados com uma pitada de improvisos, interação com o público e muita energia no palco. Mais do que uma banda de covers, a Agnus Rock é uma celebração da paixão pelo rock, contagiando cada show com a sua energia contagiante e a alegria de reviver grandes sucessos.
A banda nasceu da união de músicos experientes, apaixonados por rock clássico. Gilmar Diogo (guitarra), um dos fundadores, é o único integrante original que permanece até hoje. Júlio César, o atual vocalista, ingressou no grupo em 2008 e explica que inicialmente, a banda também explorava músicas autorais, mas com o tempo, o foco se direcionou para os covers, permitindo que a Agnus Rock explorasse a amplitude do rock e atingisse um público ainda maior.
Completam a banda Eduardo Espina nos teclados e backing vocals, Paulo Gomes na bateria, e Gustavo Rossetto no contrabaixo. Juntos, os músicos criam uma sonoridade potente e vibrante, que passeia por clássicos de bandas como Beatles, Rolling Stones, Queen, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Pink Floyd, AC/DC, Whitesnake, Van Halen e Scorpions. Mas a Agnus Rock não se limita a esses grandes nomes: o repertório também inclui hits de U2, Bon Jovi, Guns n’ Roses, Pearl Jam, Simple Minds, R.E.M e Oingo Boingo, além de temas de filmes e comerciais dos anos 80 e 90. Essa mistura eclética garante que cada show seja único e especial, agradando a diferentes gerações de fãs do rock.
Com a pandemia, a banda sentiu a necessidade de resgatar ainda mais a essência desse estilo musical. “As pessoas estão com saudades do rock”, afirma Júlio. “Elas querem pular, dançar e cantar. Nós não apenas tocamos as músicas, nós as interpretamos. Nos shows, desço do palco e canto com o público, fazemos improvisos e tornamos cada apresentação única”, destacou.
Uma curiosidade interessante sobre a banda é a história do nome “Agnus Rock”. O nome foi escolhido para simbolizar o resgate do verdadeiro rock. “Já aconteceu de algumas pessoas pensarem que a banda tem algum caráter religioso por conta do nome ‘Agnus’, explicou Júlio.
Outro fato interessante é sobre o baixista Gustavo, que entrou no grupo há cerca de dois anos. “Gustavo foi meu aluno em 2006. Em 2022, estávamos precisando de um novo baixista e um amigo nosso indicou o Gustavo. Fiquei mais de uma hora com ele no telefone, fizemos um ensaio e só depois que ele passou no teste, que mencionou que tinha sido meu aluno. Foi uma surpresa, porque ele estava muito diferente”, contou Júlio, rindo.
Aranhas Amplificadas

Aranhas Amplificadas é o mais recente projeto de Glauco Chaves, vocalista e letrista experiente da banda Viúva Negra, formada em 1999. Este novo empreendimento completou 5 anos em abril, trazendo um som potente e cheio de atitude. Juntam-se a Glauco no palco Gabriel Braga (guitarra), Marquinhos Papito (bateria), Rafael Botaço (baixo) e Rafael Rosa (guitarra).
Com um repertório cuidadosamente selecionado, as Aranhas Amplificadas revisitam clássicos do rock brasileiro, desde os anos 80 até os dias de hoje, com arranjos contagiantes e interpretações marcantes. “Trazemos o rock nacional para o público com um pouco mais de punch”, define Glauco. “Nossa intenção é homenagear as bandas que construíram esse estilo com tanto talento e garra.”
Mas o show da banda vai além do som. A apresentação é dinâmica e teatral, com o uso de máscaras que destacam a interpretação de cada música. “As máscaras nos permitem explorar diferentes personagens e emoções, criando uma conexão ainda mais profunda com o público”, explica Glauco. “Cada música do rock nacional tem uma história e as performances são tão intensas que fica difícil deixar de usá-las.”
Para os fãs que querem levar um pedacinho da banda para casa, as Aranhas Amplificadas possuem uma loja com diversos produtos de merchandise, como camisetas, bonés, copos colecionáveis e muito mais. Além disso, a banda lançou um single autoral, “Os Anjos e as Bruxas”, e já está trabalhando em novas músicas próprias, que prometem surpreender o público em breve.
E por que “Aranhas Amplificadas”? Segundo Glauco, o nome foi inspirado por um release feito por Paulo Carvalho, das Velhas Virgens, para a banda anterior de Glauco, a Viúva Negra. Carvalho mencionou que a banda soava como “aranhas amplificadas”, e o nome foi adotado para este novo projeto.
Quatro Caras e Meio

Completando 10 anos de estrada em agosto deste ano, a banda Quatro Caras e Meio tem a proposta de apresentar grandes clássicos do rock nacional e internacional dos anos 70, 80 e 90, com releituras criativas e solos de violino que marcam a identidade da banda.
Ao longo dos anos, o grupo teve a oportunidade de abrir shows de bandas famosas no cenário do rock nacional, como Legião Urbana, em sua turnê de 30 anos com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, Marcelo Falcão (ex-vocalista de O Rappa), Marcelo Nova e Double You.
Após algumas mudanças na formação inicial, a banda se solidificou com EliColt (vocal e violão), Guino Albanez (violino), GussKbelo (guitarra), Rodrigo Moog (baixo) e Guilherme Favero (bateria) que conquistam o público com seu repertório que vai de Plebe Rude e Capital Inicial a Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple, Alice in Chains, Creedence e ZZ Top.
O nome da banda, por si só, é uma história divertida. Nascida como “O Bob Me Mordeu”, a banda precisou se reinventar após a saída de um ex-integrante. Através de um concurso online, a sugestão de uma fã, inspirada na série “Dois Homens e Meio” (Two and a Half Men) e na baixa estatura de Guino, rendeu o nome atual: Quatro Caras e Meio. “Pode dar risada, não tem problema, já estou acostumado”, conta o próprio Guino, se divertindo.
E ser músico em Jundiaí? Segundo Guino, a cidade oferece oportunidades para quem busca mostrar seu talento. “A Secretaria de Cultura oferece várias chances para quem quer se apresentar em eventos municipais. Porém, para o rock and roll, é um pouco mais limitado. Mas ultimamente Jundiaí está se tornando a ‘Cidade do Rock’. A Festa da Uva, eventos no Parque da Cidade e no Complexo Fepasa, entre outros, têm dado bastante espaço para bandas de rock”, ele conta. “Basta preencher um cadastro de artistas no site da cultura.”
U.T.I.

A história da banda U.T.I. começou com o sonho de um garoto, em 1989. Aos 12 anos, Marcelo Bertola já sabia que fundaria uma banda. Seu primeiro contato com um instrumento musical foi aos 7 anos e, a partir de então, começou a estudar música, passando do erudito para o clássico, MPB e bossa nova, até chegar na sua grande vocação: o rock’n’roll. “Os grandes solos de David Gilmour, Ritchie Blackmore, Santana, Slash, Jimmy Page e Randy Rhoads, entre outros, nunca permitiram que meu sonho acabasse”, conta Bertola.
O que poucos sabem é sobre a origem do nome U.T.I. Diferente do que possa parecer, não tem nenhuma referência a hospitais ou algo do gênero. Ainda menino, quando idealizava seu projeto, Bertola pediu ao pai ideias para o nome da banda. Seu pai respondeu apenas “UTI” e completou: “Eu dei três letras, agora você busca o significado”. Bertola então buscou diferentes possibilidades até chegar a “Última Transição Inconsciente”.
Mais do que uma banda, a U.T.I. é uma família. Além de seu fundador, Marcelo Bertola que assume a guitarra e o backing vocal, o grupo é formado por Ricky Abatte (vocalista), Rafael Drezza (tecladista), Nino Brown (contrabaixista e backing vocal) e Diogo Nunes (baterista).
Quem nos conta sobre essa união é o jovem baterista, Diogo, que recentemente completou 18 anos. “Para mim, a U.T.I. é uma família. A energia que a banda passa para o público é diferente, é contagiante. E o mais legal de tudo é ver que inspiramos outras pessoas, principalmente crianças que sonham em seguir carreira na música.”
Diogo fala por experiência própria. Quando tinha entre 8 e 9 anos, seus pais sempre o levavam para assistir aos shows da U.T.I. “Eu sempre gostei muito deles. Via eles no palco como uma inspiração, como uma banda grande”, conta. “Foi no ano passado, na festa no Parque da Uva, que perguntei para minha mãe: ‘Será que um dia eu vou conseguir tocar com eles no palco?’.
O que o jovem não podia imaginar é que apenas alguns meses depois ele seria chamado para uma seletiva na bateria, recomendado por seu professor Kiko Zara e logo entraria para a banda. “Para mim, foi inimaginável, um sonho realizado. O dia que o Aba enviou uma mensagem para a seletiva, eu nem acreditei. Para mim, ele sempre foi um ídolo, assim como o Bertola”, revela Diogo.
O repertório da U.T.I. abrange o rock clássico dos anos 70 até 2000. Grandes nomes como Queen, Pink Floyd, Led Zeppelin, Lynyrd Skynyrd, AC/DC, Iron Maiden, Guns N’ Roses, Nirvana, Metallica, Pearl Jam, Linkin Park, Foo Fighters, entre outros passam pelo setlist do grupo.
A energia da banda U.T.I. é contagiante, refletida no entusiasmo dos fãs que os acompanham em todos os lugares. As apresentações da banda são verdadeiros eventos, atraindo um público diverso, desde adultos nostálgicos até crianças que se encantam com o som vibrante da U.T.I.