Diocese de Jundiaí esclarece notícias falsas sobre encontro com ministro sobre combate à fome

Nesta quarta-feira (1º), a Diocese de Jundiaí publicou uma nota de esclarecimento sobre notícias falsas publicadas nas redes sociais, envolvendo um encontro do Ministro de Secretaria das Relações Institucionais do Governo Brasileiro, Alexandre Padilha.

De acordo com a nota da instituição católica jundiaiense, o ministro tinha agenda na região e a diocese o convidou para um encontro com os padres, diáconos, agentes e lideranças da Cáritas-SP e pastorais locais. O objetivo do encontro era apresentar ao ministro dez propostas de ações de combate à fome no Brasil. Além disso, o encontro tratava de uma ação do lançamento oficial da Campanha da Fraternidade de 2023 da Diocese de Jundiaí.

O evento foi limitado por causa da lotação do auditório, contando com a participação de cerca de 200 pessoas. No entanto, informações publicadas nas redes sociais deturparam a motivação do encontro. Em nota publicada, a Diocese de Jundiaí desmente essas presunções e condena a deturpação do motivo do encontro.

Leia a nota na íntegra

A Diocese de Jundiaí e a Cáritas-SP vêm a público prestar esclarecimentos sobre um vídeo que circulou nas redes sociais, publicado no dia 24 de fevereiro de 2023, proliferando notícias deturpadas sobre a visita do Exmo. Dr. Alexandre Rocha Santos Padilha, Ministro de Estado da Secretaria das Relações Institucionais da Presidência da República, à Cúria Diocesana na manhã do dia 25 de fevereiro de 2023.

Em conformidade ao Texto-Base da Campanha da Fraternidade de 2023, parágrafo 168-d, convidamos o Ministro, que já tinha agenda na região, para um encontro com os nossos padres, diáconos, agentes e lideranças da Cáritas-SP e das pastorais sociais, com a finalidade de apresentar-lhe as dez propostas de ação sociopolítica de combate à fome em nosso país, direcionadas à esfera do Governo Federal. Ao contrário do que foi divulgado no vídeo, não foi o Ministro de Estado quem palestrou sobre o tema da Campanha da Fraternidade. Importante esclarecer que o evento não foi aberto ao “grande público” por dois simples motivos: limitação de espaço (nosso auditório tem capacidade máxima para 200 pessoas) e de tempo (agenda do Ministro de Estado). Diferentemente do que foi divulgado paralelamente, o encontro não teve caráter “secreto”.

Tal evento foi apenas mais uma ação do lançamento oficial da Campanha da Fraternidade de 2023 em nossa Diocese, entre outras, a saber: a) Lançamento oficial do Texto-Base no dia 03/02/2023, em nossa Cúria Diocesana; b) Lançamento oficial da Campanha em todas as nossas Paróquias na Quarta-Feira de Cinzas; c) Lançamento oficial nas Câmaras de Vereadores nos 11 municípios que compõem a nossa Diocese, em diversas datas.

A visita do Ministro de Estado foi de caráter institucional, sem nenhum vínculo ideológico ou político partidário. A Diocese de Jundiaí, seu bispo e a Cáritas-SP defendem, são guardiões legítimos e fiéis dos princípios transmitidos pelas Sagradas Escrituras, pela Tradição e pelo Magistério da Igreja. Reafirmam a centralidade da dignidade integral da pessoa humana, desde a sua concepção até a sua morte natural, passando pela elaboração, manutenção e defesa das políticas públicas promotoras da vida.

A Campanha da Fraternidade não é um produto de correntes de pensamento, nem simplesmente uma atividade social ou política/partidária. É, antes de tudo, um caminho de conversão oferecido pela Igreja no Brasil em vista da edificação do Reino de Deus. Recordemos o papel do Magistério exercido em comunhão, fidelidade e caridade através dos Bispos da Igreja do Brasil. A Campanha da Fraternidade não é uma ação pastoral isolada. Ela concorre para a unidade eclesial, na medida em que integra, há mais de 60 anos, um projeto de conversão ao Evangelho num tempo litúrgico favorável, a Quaresma.

Por fim, reprovamos com veemência as recorrentes manifestações contrárias à Campanha da Fraternidade e à CNBB, especialmente as que atacam a Santa Igreja Católica na pessoa de seus bispos. E ainda mais, particularmente, nossa diocese. Embora seja dado a todo e qualquer cidadão o direito à liberdade de expressão, seus posicionamentos nem sempre representam o pensamento oficial do Magistério dos legítimos pastores da Igreja Católica Apostólica Romana nessa Terra de Santa Cruz. Não permitamos jamais que nos roubem a alegria do Evangelho! Que a alegria do Senhor seja sempre a nossa força!