
Os estabelecimentos do comércio varejista de Jundiaí já se preparam para o tradicional aquecimento das vendas de fim de ano. Impulsionado pela Black Friday, pelo Natal e pela injeção do 13º salário na economia, o setor deve registrar aumento expressivo na demanda — e, com isso, abrir novas oportunidades de trabalho.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região (Sincomercio), a expectativa é de 550 novas contratações com carteira assinada entre os meses de outubro e novembro de 2025, em preparação para o período natalino.
Fim de ano: alta nas vendas e reforço no quadro de funcionários
Dezembro é, historicamente, o mês de maior faturamento para o varejo. Dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV/FecomercioSP) indicam que, em 2024, a receita bruta do setor na região foi cerca de 19% superior à média dos demais meses do ano.
Os segmentos de vestuário, tecidos e calçados costumam registrar quase o dobro das vendas nesse período. Para atender à alta demanda, as empresas reforçam suas equipes, especialmente para funções operacionais e de atendimento.
Segundo o presidente do Sincomercio, Edison Maltoni, “as vagas devem ser criadas especialmente para vendedores, atendentes, operadores de caixa, repositores de mercadorias e embaladores, seguindo a tendência estadual”. Ele destaca que 60% das oportunidades devem estar concentradas em lojas de roupas, calçados e artigos de viagem, além de hipermercados e supermercados.
Contratações antecipadas e cenário econômico
O Sincomercio explica que o aumento no número de contratações costuma ocorrer nos meses de outubro e novembro, período em que as empresas realizam seleção, admissão e treinamento dos novos colaboradores antes do pico de vendas em dezembro.
O economista da entidade, Jaime Vasconcellos, ressalta que a estimativa considera apenas o varejo, sem incluir o comércio atacadista, o setor automotivo ou os serviços, como bares, restaurantes, limpeza e segurança.
“Vale destacar ainda que a estimativa também não engloba os segmentos do comércio atacadista, de veículos ou peças e não considera os diversos ramos de prestação de serviços, como bares, restaurantes, serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros”, observa Vasconcellos.
Emprego em leve alta, mas com cautela
O número estimado para 2025 é ligeiramente superior ao de 2024, refletindo o ritmo mais positivo de geração de empregos observado nos primeiros oito meses deste ano.
Ainda assim, Vasconcellos pondera que o cenário econômico exige cautela. “Esse ambiente de orçamento familiar fortalecido de um lado, mas avariado por outro, deve limitar uma geração mais significativa de vagas para 2025, ainda que se mantenham as previsões positivas”, afirma.
Segundo ele, o mercado de trabalho aquecido ajuda a sustentar a renda e o consumo, mas os juros altos, o crédito caro e o endividamento das famílias continuam sendo fatores de limitação ao crescimento.
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