Uma empresa de Jundiaí que produz gases industriais e medicinais está correndo contra o tempo, enquanto tenta ajudar os hospitais de Manaus com o envio de oxigênio para o tratamento de pacientes com Covid-19.
Esta semana, o sistema de saúde da capital amazonense entrou em colapso com um aumento significativo de internações e mortes pela doença. Com isso, pessoas, empresas e famosos de todo o país têm tentado ajudar enviando valores ou viabilizando o envio de cilindros para os hospitais.
A princípio, Manaus está precisando de pelo menos 57 mil m³ de oxigênio por dia. Dessa forma, a IBG (Indústria Brasileira de Gases) de Jundiaí, em parceria com outros empresários da região, tentam ajudar com a doação dos cilindros.
No entanto, de acordo com Newton de Oliveira, presidente da empresa de gases, o maior problema na tratativa é a logística para a entrega. “Por estrada é bastante complicado o acesso, e não temos tempo” informou o presidente. “Nós não podemos permitir que vidas humanas estejam sendo ceifadas desta forma”.
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Transporte
Dessa forma, a IBG tem o objetivo de entregar o oxigênio via aérea. Mas, no Brasil, não há as condições de transportar produtos em estado criogênico, devido ao tamanho dos aviões. Newton diz que a empresa está em contato com o Hospital Sírio Libanês e da Câmara Brasil-China. Assim, viabilizariam trazer um supercargueiro dos Estados Unidos para possibilitar o transporte de uma grande quantidade de oxigênio até Manaus.
Além disso, o presidente explica que levar esse material em cilindro não é simples. Quando o produto está em estado líquido, reduz seu volume em até em 80%. Portanto, a empresa pretende transportar o oxigênio em estado líquido, em carretas criogênicas.
“Nós estamos percebendo que houve um descontrole e uma falta de planejamento. A iniciativa privada está tentando ajudar o país a salvar vidas”, comenta Newton. O presidente da empresa já foi contaminado por Covid-19 e precisou ser internado, em São Paulo. Por isso entende ainda mais da importância desse oxigênio e se dispôs a ajudar como pode.
De acordo com a reportagem da TV TEM, todo o material já foi separado para o envio, aguardando a liberação do transporte.
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