
Neste mês, o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, aderiu ao programa “Prontuário Afetivo”, que promove um atendimento personalizado aos pacientes hospitalizados na unidade. O programa foi criado pela médica reumatologista Isadora Jochims, do Hospital Universitário de Brasília no Distrito Federal.
A psicóloga Nayara Pancelli e o médico coordenador do projeto, Dr. Djalma Barbosa Junior foram os responsáveis por trazer o projeto para Jundiaí. O “Prontuário Afetivo” foi inicialmente aplicado na Unidade de Suporte Intermediário (USI), para tratamento de pacientes com Covid19.
Com o objetivo de humanizar ainda mais o tratamento, reduzindo os impactos psicológicos causados pela hospitalização, o programa media a comunicação entre o paciente, a família e a equipe médica. Através de contatos telefônicos, a equipe do hospital reúne informações como estilo de música preferido, time do coração e hobbies do paciente, assim que ele é admitido na unidade. Essas informações são inseridas em uma arte gráfica especial, e fixadas no leito do paciente.
“Nós buscamos humanizar e preservar a individualidade e a subjetividade de cada paciente, além de lembrar a todos das pequenas coisas que fazem os pacientes sorrirem”, explica Nayara. “O Prontuário Afetivo nada mais é do que a união entre o histórico de vida do paciente e os cuidados que ele necessita no momento. Essa soma de informações faz com que os profissionais tenham mais empatia, ajuda a conhecer o ser humano em sua singularidade e fortalece os vínculos entre paciente e equipe de trabalho”, ressalta a psicóloga.
Matando as saudades
Vanessa dos Santos Ramos é filha de um dos pacientes do hospital, e conta que a ação também diminui a distância entre a família neste período em que visitas estão suspensas no HSV.
“Achei a ação muito legal porque, devido a pandemia, não conseguimos visita-lo. Nós recebemos as ligações dos médicos e também realizamos as chamadas de vídeo, o que é bom para nós familiares, que muitas vezes estamos desestabilizados com a situação e tristes por estarmos longe. Saber que ele está recebendo esse acompanhamento psicológico e que tem ciência que nós estamos, de alguma forma, junto com ele ao passar esses dados, é muito importante”, comentou.
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