O mês de julho marca a campanha Julho Amarelo, dedicada à conscientização, prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Em Jundiaí, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) intensifica as ações de incentivo à testagem e vacinação contra as hepatites B e C, reforçando a importância do cuidado com a saúde do fígado.
Hepatites virais: silenciosas e perigosas
A gerente do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Grace do Prado Dan, alerta para a gravidade da doença.
“As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Os subtipos B e C são infecções de evolução crônica, podendo demorar anos para manifestar sintomas, podendo levar à cirrose e ao câncer de fígado. Por isso, anualmente, a campanha alerta sobre os riscos da doença, as formas de transmissão e a importância da prevenção, além de incentivar a vacinação e a realização dos testes rápidos ofertados pelo SUS e recomendados para todas as pessoas, principalmente aquelas com mais de 45 anos”, enfatiza.
Segundo Grace, a hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, medicamentos, álcool, outras drogas ou doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
Entre os sintomas mais comuns estão: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, os subtipos B e C predominam, sendo transmitidos principalmente por relações sexuais desprotegidas ou contato com sangue contaminado.
Testes rápidos: fácil acesso e diagnóstico precoce
O CTA de Jundiaí oferta testes rápidos para hepatites B e C de segunda a sexta-feira, das 7h às 15h30, sem necessidade de agendamento. O serviço está localizado na Av. Amadeu Sacchi, 91, Vila Hortolândia (esquina com a R. Palmira Cervi Bárbaro). As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família também oferecem os testes, bastando o usuário procurar a equipe de saúde.
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Em 2024, Jundiaí registrou 17 casos de hepatite B, 35 de hepatite C e 4 coinfecções. Neste ano, até o momento, já são 10 casos de hepatite B, 12 de hepatite C e 1 de coinfecção diagnosticada.
Vacinação: fundamental para prevenir complicações
O Ministério da Saúde disponibiliza vacinas contra hepatite A e B. Para a hepatite A, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda uma dose aos 15 meses de idade, além de oferecer a vacina a grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/AIDS, hepatites B ou C, e usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV).
Já a vacina contra hepatite B integra o calendário vacinal infantil com quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses. Para quem não foi vacinado na infância, o esquema é de três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e segunda aplicação, e 180 dias entre a primeira e a terceira. Até o momento, não há vacina para hepatite C.
Em Jundiaí, todas as unidades de Atenção Básica aplicam as vacinas de segunda a sexta-feira, durante o horário de atendimento das salas de vacinação.
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