Família autoriza doação de órgãos de vítima de AVCI no Hospital São Vicente
Foto: Hospital São Vicente

Referência para captação de órgãos em todo o Estado de São Paulo, o Hospital São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí, por meio da Comissão Intra Hospitalar de Transplantes (CIHT), promoveu mais uma captação de órgãos nesta terça-feira (8). Apesar de complexa e dolorosa, a morte nem sempre significa o fim da vida. A fragilidade do momento pode ressignificar a dor e transformar esse sentimento em uma nova chance para quem aguarda na fila para transplante.

A família de um homem de 37 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), autorizou a doação. Assim, o paciente pode doar doados rins e córneas, encaminhados para a UNICAMP e Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), respectivamente.

Considerando o tempo de isquemia – período em que um órgão pode resistir entre a captação e transplantação em outro paciente – transportaram os órgãos via terrestre. Dependendo da necessidade, o transporte dos órgãos pode ser via terrestre ou aéreo, com o apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar.

Como é a captação de órgãos?

Os rins contam com o período de 48 horas e córneas com tempo de sete dias. Além dos órgãos mencionados, pode-se ainda captar fígado, coração, pâncreas e pulmão. Além disso, profissionais podem captar tecidos como pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical. Em todos os casos, é necessário que o órgão ou tecido esteja saudável.

“A captação só acontece após uma série de exames para constatação da morte encefálica. É um processo seguro e minucioso. Sabemos que esse momento pode ser difícil para a família e, por isso, atuamos com o auxílio da equipe de psicologia e serviço social nessa abordagem. Esse contato é realizado para que o responsável seja acolhido e informado sobre a possibilidade da doação e da importância do ato se o processo for autorizado, sempre respeitando a decisão da família. Por isso, o assunto deve ser tratado com naturalidade. Estimulamos o diálogo sobre o assunto e que os interessados manifestem a vontade de ser doador em vida. Muitas pessoas ainda podem ser salvas”, explica a enfermeira da CIHT, Thais Fernanda da Rocha Santos.

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