
Os alunos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jundiaí desenvolveram o projeto que ficou em terceiro lugar na primeira edição internacional do Prêmio por um Mundo Sem Lixo. A final da competição aconteceu no último sábado (2), virtualmente, com trabalhos de jovens de toda a América Latina.
A iniciativa dos alunos do curso superior de tecnologia em Gestão Ambiental se chama Banco de Tintas. A ideia foi de Adriana Santos, Fellipe dos Santos e Lucas Santiago. “A finalidade do projeto é ser uma ponte entre quem gera resíduo e não sabe como descartar corretamente e, na outra ponta, pessoas que tenham interesse em utilizar essas tintas”, explica a orientadora do projeto, Ana Carolina Veredas – veja aqui o vídeo de apresentação do Banco de Tintas no Desafio Circular 2023.
De acordo com a orientadora, a viabilidade foi um dos diferenciais para o sucesso da ideia. “É um projeto de baixo custo, alto impacto e boa reprodutibilidade. Pode ser implantado em qualquer lugar e em diversas escalas de complexidade”, comenta. O projeto conquistou a vaga na final ao vencer o Desafio Circular 2023, concorrendo com cerca de 90 ideias, que representavam 13 estados brasileiros.
Projeto multidisciplinar e intercursos
A professora conta que a ideia surgiu antes da pandemia, em debates e reflexões multidisciplinares sobre o impacto das atividades de pintura nos meios hídricos. “Os alunos conversaram com pintores e lojas de tintas. A partir daí, propuseram diversas soluções para reduzir esse prejuízo ao meio ambiente. Durante a apresentação dos resultados, chegamos à criação do Banco de Tintas.”
Atendendo ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 11 Cidades Sustentáveis, da Organização das Nações Unidas (ONU), o projeto tem como foco principal reduzir os impactos dos resíduos de pintura, preservar a qualidade das águas, promover a economia circular e melhorar a qualidade de vida das famílias de baixa renda.
Agora, a previsão é implantar o Banco de Tintas em escala piloto no campus da Fatec. Além do espaço físico para armazenar as sobras dos pigmentos, o projeto prevê o desenvolvimento de um software ou aplicativo para gestão de dados, como cadastramento de interessados – tanto em doar como em utilizar as tintas –, cores disponíveis e quantidade em estoque. Os alunos desenvolverão a plataforma com a colaboração das turmas dos cursos da área de tecnologia da informação.
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