Luciano tem necrose no fêmur e o tratamento custa R$ 30 mil. (Foto: Divulgação)
Luciano tem necrose no fêmur e o tratamento custa R$ 30 mil. (Foto: Divulgação)

Diagnosticado com necrose no fêmur (osteonecrose de cabeça femoral esquerda), o jundiaiense Luciano dos Santos Bomfim, de 43 anos, corre o risco de virar cadeirante para sempre caso não faça o tratamento cirúrgico, avaliado em R$ 30 mil na rede particular de saúde.

Atualmente, Luciano está em tratamento no ambulatório de ortopedia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) e a lista de espera para a cirurgia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) poderá demorar até cinco anos.

Luciano não pode esperar esse tempo todo, pois ele mora de aluguel com a esposa e o filho de 17 anos, todos eles sofreram cortes no orçamento por causa da pandemia do coronavírus. Além disso, o paciente necessita de um remédio manipulado para aliviar as dores, que custa R$ 300 por mês.

Enquanto o filho está afastado temporariamente do emprego, a esposa sofreu cortes no salário. Já Luciano, está afastado do serviço há cerca de três anos e sem receber o auxílio doença há quatro meses.

A situação econômica da família é delicada e eles não têm condições de custear a cirurgia na rede particular. Nesse cenário, o filho Lucas, “com todo amor e esperança”, criou uma vaquinha virtual para arrecadar essa quantia para que seu pai passe pela cirurgia o quanto antes.

Até o momento, a campanha já teve 77 apoiadores e arrecadou R$ 4.765. Link para realizar a doação: http://vaka.me/1231570 

“Com a cirurgia a expectativa é de 90% de cura”, informa a família. “Juntando forças, podemos ajudar essa família que tanto espera por essa oportunidade”, escreve o amigo Thiago, de 33 anos.

A Prefeitura de Jundiaí emitiu uma nota a respeito do caso. Leia:

“O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) é habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) para a realização de 720 cirurgias ortopédicas de alta complexidade por ano. No entanto, sua produção é 3,5 vezes superior atingindo a marca média de 2,6 mil cirurgias ortopédicas em 2019, atendendo não somente Jundiaí como toda a região de Saúde do Aglomerado Urbano.

Nos primeiros seis meses deste ano, mesmo com a pandemia covid-19, o HSV já realizou 1.011 procedimentos, número 40% acima do habilitado pelo MS.

Desde 2017 A Aglomeração Urbana de Jundiaí busca, junto ao Governo do Estado, a habilitação do Hospital Regional (HR) para a realização das cirurgias ortopédicas eletivas de alta complexidade, que são as operações em que o paciente pode aguardar em casa pelo atendimento.

Somente com a habilitação de outro equipamento destinado para este tipo de procedimento será possível ampliar a oferta e reduzir a fila de espera, tendo em vista que o HSV tem 95% de sua capacidade de Centro Cirúrgico tomada para o atendimento às demandas de urgência e emergência.”

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