Mão segurando um guarda-chuva colorido de frevo com fundo de bandeirolas coloridas em clima de festa popular.
Foto: Pollyana Ventura/Canva

Com foco na valorização da cultura popular e na formação de educadores, a Vivência de Frevo e Dança dos Arcos – Contexto histórico, figurino e dança, ministrada por Josi Borboleta (Josiane Dominoni Gomes) e Aline Longui Beija-Flor (Aline Cristina de Oliveira Longui), será realizada no dia 8 de novembro, das 8h às 17h, na Emeb Prof.ª Glória da Silva Rocha Genovese, em Jundiaí (SP).

A ação conta com apoio do PROESC, Cultura da Gente e Prefeitura de Jundiaí, e integra um projeto voltado à valorização das danças populares brasileiras no ambiente escolar. As inscrições são gratuitas e limitadas, e podem ser feitas neste formulário online.

Frevo e Dança dos Arcos: corpo, história e identidade cultural

Segundo Josi Borboleta, “promover o contato com as danças populares brasileiras no ambiente escolar é uma forma de valorizar e difundir o patrimônio cultural do país, aproximando educadores, estudantes e comunidade das raízes que compõem nossa identidade coletiva”.

Durante a vivência, os participantes terão acesso a conteúdos históricos e simbólicos sobre o Frevo e o Cavalo-Marinho, conhecendo os significados dos figurinos, gestualidades, ritmos e contextos dessas manifestações.

Além da prática corporal, a oficina abordará a confecção de figurinos com materiais simples, propondo alternativas acessíveis para o ambiente escolar. “A confecção faz parte do processo criativo e estimula a adaptação e a inventividade dos educadores com os recursos que possuem à mão”, explica Josi.

Educar pelo corpo: cultura popular como ferramenta pedagógica

Para as facilitadoras, a vivência de Frevo e Dança dos Arcos também representa uma oportunidade de reflexão sobre o papel do corpo na educação. “A proposta contribui para a formação integral dos educadores, estimulando práticas pedagógicas que unem corpo, movimento e cultura, promovendo experiências mais significativas de ensino e aprendizagem”, destaca Josi.

A metodologia do projeto propõe uma aprendizagem integrada, em que o conhecimento é vivenciado de forma sensível e prática. “O objetivo é que os participantes compreendam que, por trás da alegria e da expressividade dessas danças, existe uma profunda dimensão de resistência, pertencimento e celebração da vida”, completa.

O Frevo e o Cavalo-Marinho, ambos de origens populares, nasceram de contextos de luta e resistência, transformando “o cotidiano em poesia”. Assim, a vivência convida o público a perceber “como o corpo, o movimento e o brincar podem ser formas de preservação da memória e de afirmação cultural”.

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Capacitar para multiplicar: a cultura popular na escola

A parceria entre Josi Borboleta e Aline Beija-Flor nasceu há cerca de dez anos, a partir do encontro na capoeira — e desde então vem resultando em projetos e experiências no Brasil e no exterior. “Percebemos a necessidade de levar a cultura popular para o ambiente escolar. Existe uma lei que prevê isso, mas muitas escolas acabam abordando o tema apenas em períodos específicos, e não ao longo do ano todo”, explica Josi.

O projeto busca justamente preencher essa lacuna, oferecendo formação prática e teórica para educadores. “Queremos que eles se sintam mais seguros em trabalhar esses conteúdos em sala de aula. Quando a criança vivencia com o corpo esse repertório, ela cresce com outra identidade — reconhecendo quem é e valorizando sua história”, destaca.

Segundo Josi, o encontro pretende despertar uma compreensão sensível sobre a importância da cultura popular como instrumento de educação, identidade e transformação social. “Os participantes podem esperar um dia de imersão cultural, com atividades que unem teoria e prática, proporcionando aprendizado, expressão corporal e trocas coletivas”.

Serviço

Data: 8 de novembro de 2025
Horário: das 8h às 17h
Local: Emeb Prof.ª Glória da Silva Rocha Genovese – R. Setembrino Queiroz Telles, s/n, Jundiaí (SP)
Inscrições gratuitas: clique aqui para acessar o formulário