
Com a chegada de uma nova frente fria em Jundiaí e previsão de temperaturas mínimas de até 5°C nesta semana, os serviços de acolhimento intensificam os atendimentos à população em situação de rua. A queda acentuada nos termômetros acendeu um alerta nas unidades da rede socioassistencial e renovou os pedidos de doações, especialmente de roupas de frio masculinas — item mais escasso nos estoques.
Alta de 25% na procura por acolhimento
No Centro Pop, serviço referência no atendimento à população em situação de rua, a demanda cresceu significativamente nas últimas semanas. “A busca por abrigo é algo que se intensifica todos os anos com a queda das temperaturas. Neste momento, observamos um aumento próximo de 25% na procura por acolhimento”, explica o gerente João Guilherme Oliveira.
Apesar do apoio do Fundo Social de Solidariedade de Jundiaí (Funss), o fornecimento de roupas masculinas continua sendo um desafio. “Nosso maior público é o masculino, e as doações desse perfil são as mais escassas. Por isso, toda contribuição é importante”, reforça João.
Campanha “Aquecendo Vidas” busca doações
As doações destinadas ao Centro Pop devem ser feitas diretamente ao Funss, responsável por repassar os itens arrecadados às entidades assistenciais da cidade. A campanha “Aquecendo Vidas” está ativa e aceita roupas, calçados, mantas e cobertores em bom estado de conservação.
Os itens beneficiam não apenas a população em situação de rua, mas também famílias em vulnerabilidade assistidas pelo órgão.
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Casa de Passagem amplia vagas
Outro ponto de acolhimento importante em Jundiaí é a Casa de Passagem, vinculada à Rede Pop Rua da Prefeitura e executada pela SOS (Serviço de Obras Sociais). Em resposta à onda de frio, a capacidade da unidade foi ampliada de 32 para 47 vagas, o limite da estrutura atual.
“A cada noite fria, novas pessoas procuram abrigo e não são sempre as mesmas. Isso significa que, se hoje fornecemos um agasalho, amanhã já precisamos de outro para alguém diferente. Não há estoque que dê conta”, explica a coordenadora técnica Melina Nucci de Oliveira.
Ela destaca que as maiores necessidades continuam sendo por calças, agasalhos, meias e calçados masculinos, em todos os tamanhos. “Recebemos camisetas em maior quantidade, mas peças que realmente protegem do frio estão sempre em falta”, completa.
Mobilização comunitária é essencial
A gestora da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciane Mosca, reforça o papel da população no enfrentamento às baixas temperaturas:
“Com a chegada do frio intenso em Jundiaí, reforçamos a importância da solidariedade de toda a população. A doação de roupas e agasalhos pode fazer a diferença entre uma noite suportável e uma noite de muito sofrimento para quem está em situação de rua. A rede de assistência social atua diariamente para acolher essas pessoas, mas o apoio da comunidade é essencial. Se você tem roupas em bom estado que não utiliza mais, doe. O gesto pode parecer pequeno, mas representa acolhimento, dignidade e cuidado com quem mais precisa.”
Com previsão de chuvas e noites ainda mais frias nos próximos dias, a urgência por novas doações se intensifica. Contribuições simples, como um par de meias ou um agasalho, podem mudar a realidade de quem enfrenta o frio nas ruas da cidade.
Como e onde doar
Fundo Social de Solidariedade (para o Centro Pop e entidades cadastradas)
- Av. Dona Manoela Lacerda de Vergueiro, s/n – portão 3 – Anhangabaú
- Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
- Pontos de coleta adicionais no site oficial
Casa de Passagem – SOS
- Av. Aristeu Dagnoni, 15 – Vila Argos Velha (24h, todos os dias)
- Av. Dr. Sebastião Mendes Silva, 559 – Anhangabaú (segunda a sexta, horário comercial)
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		