Hospital Pitangueiras em Jundiaí
Foto: Divulgação/Hospital Pitangueiras

Uma mulher que se mudou para Jundiaí recentemente, foi vítima de um golpe ao tentar uma oportunidade de emprego em um hospital na cidade. Recém-chegada de Maringá (PR) com sua família, ela buscava uma colocação profissional para ajudar nas despesas de casa, já que apenas seu marido está trabalhando. Além disso, o casal tem um filho com paralisia cerebral e enfrenta altos custos com medicamentos e terapias.

Na manhã da última terça-feira, a mulher recebeu uma mensagem de um suposto coordenador de RH do Hospital Pitangueiras, de Jundiaí. A pessoa passou detalhes da vaga, incluindo salário e benefícios. Entretanto, ele alegou que para a contratação ser efetivada, a candidata precisava ter cursos atualizados de NR6 e NR32.

Apesar de ter achado estranho o pedido, a vítima pesquisou sobre os cursos e percebeu que a informação fazia sentido. No entanto, dois pontos chamaram sua atenção: a urgência do suposto recrutador e a exigência rígida desses certificados. Como nunca havia trabalhado em hospitais de São Paulo, ela não tinha certeza se essa era uma prática comum na região.

[tdj-leia-tambem]

O golpista se ofereceu para indicar um local confiável onde os cursos poderiam ser realizados. Ele passou o contato de uma pessoa que supostamente trabalhava em uma escola de Ribeirão Preto.

Confiando na oferta, a vítima efetuou o pagamento pelos cursos. No entanto, a fraude ficou evidente quando os criminosos solicitaram um novo pagamento, alegando que não conseguiam gerar os certificados devido a uma suposta multa pendente no Conselho Federal de Enfermagem (COREN).

Nesse momento, ela percebeu que havia caído em um golpe e imediatamente entrou em contato com o COREN, onde descobriu que outra mulher havia relatado uma história idêntica pouco antes dela.

Conscientização do golpe

Somente após a fraude, a mulher acessou a página oficial do Hospital Pitangueiras e encontrou um aviso sobre esse tipo de golpe. Ao entrar em contato com o hospital, foi informada de que essas ocorrências têm sido frequentes. Em uma das situações, várias vítimas apareceram no mesmo dia e horário acreditando que haviam conseguido uma vaga de emprego.

A vítima registrou um boletim de ocorrência e está tentando reaver o dinheiro pago por meio do banco. “Fui inocente por estar frágil, em um momento de desemprego. Mas queria muito que outras pessoas soubessem e não fossem prejudicadas como eu fui”, desabafou.

Nota do Hospital Pitangueiras

O Tribuna de Jundiaí entrou em contato com a Amil, responsável pela administração do Hospital Pitangueiras, e recebemos a nota abaixo:

“O Hospital Pitangueiras esclarece que não realiza cobranças de taxas, pagamentos ou solicita códigos SMS para confirmação e participação em processos seletivos. Todas as oportunidades estão disponíveis exclusivamente nos canais oficiais e no site de carreiras. A recomendação é de que, em caso de qualquer abordagem diferente, entre em contato com a unidade imediatamente e realize a devida denúncia.”

Como se proteger de golpes semelhantes

Casos como esse são cada vez mais comuns, especialmente em tempos de alto desemprego. Para evitar cair nesse tipo de fraude, especialistas recomendam:

  • Sempre verificar se a vaga está anunciada nos canais oficiais da empresa.
  • Desconfiar de pedidos de pagamento para cursos ou certificações exigidos como condição para contratação.
  • Consultar órgãos de classe para confirmar a validade de informações repassadas.
  • Nunca compartilhar dados pessoais sem verificar a idoneidade da fonte.
  • Em caso de suspeita de golpe, denunciar imediatamente às autoridades competentes.

A população deve ficar atenta e compartilhar esses alertas para que menos pessoas sejam vítimas desse tipo de crime.