estragos chuva

A tempestade de granizo registrada em Jundiaí, domingo (30), assustou muita gente e fez lembrar da microexplosão ocorrida em junho de 2016, que deixou várias famílias desabrigadas e muito estrago em alguns bairros da cidade.

O fato aconteceu na madrugada do dia 6 de junho de 2016 e pelo menos sete bairros foram muito atingidos: Rio Acima, Mato Dentro, Jundiaí-Mirim, Caxambu, Roseira, Corrupira e Vista Alegre. Casas foram destelhadas, árvores arrancadas, muros caíram e um rastro de destruição foi deixado depois dos ventos superiores a 130 km/h. O cenário lembrava muito o de uma guerra.

O fenômeno é chamado de microexplosão porque, segundo especialistas, uma espécie de colchão de ar desce com velocidade grande e proporciona rajadas de vento muito fortes. Os efeitos são semelhantes ao de um tornado.

Cenário de guerra em Jarinu: dezenas de famílias desabrigadas (Foto: Reprodução/TV Tem)

Em Jarinu, a situação foi muito pior: uma pessoa morreu e a cidade permaneceu por mais de 30 horas sem energia elétrica. Foi decretado estado de emergência e até o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi de perto ver os estragos causados pela microexplosão.

Na ocasião, segundo a Prefeitura, os estragos causaram destruição em mais de 50 estabelecimentos comerciais, 10 prédios públicos e mais de 20 residências, na região central e no bairro Primavera – locais mais atingidos. Ainda conforme o poder público, 45 famílias do bairro Primavera ficaram desalojadas e se abrigaram em casa de parentes e amigos.

Granizo

O fenômeno deste domingo (30) foi registrado em vários lugares e ganhou destaque no site do ClimaTempo. Os especialistas lembraram de um fato semelhante, ocorrido na capital.

“Um dos episódios mais impressionantes de grande quantidade de granizo foi o que ocorreu em 18 de maio de 2014 na cidade de São Paulo. Os bairros mais atingidos foram os das zonas sul e leste da capital. Coincidentemente com o caso atual de Jundiaí, este evento histórico de granizo sobre São Paulo também ocorreu em um domingo, em 18 de maio de 2014. A causa: uma frente fria que chegou ao litoral paulista e estimulou a formação das grandes nuvens”, escreveu, no site.

[tdj-leia-tambem]

Ainda de acordo com o ClimaTempo, o que gerou a grande quantidade de pedras de gelo foi “a passagem de uma frente fria que trouxe ar frio para o Estado de São Paulo, causando um choque térmico acentuado numa atmosfera que estava quente”.