Grupo FormIDOSO
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Toda quinta-feira, das 9h às 10h30, cerca de 30 idosos se reúnem no CRAS Central de Jundiaí para um momento de troca, acolhimento e fortalecimento de vínculos. Assim funciona o Grupo FormIDOSO, criado em setembro de 2023 com o objetivo de valorizar o envelhecimento, promover autonomia e sociabilidade, além de orientar sobre direitos e políticas públicas.

Encontros semanais para compartilhar histórias e fortalecer vínculos

Em rodas de conversa e atividades, os participantes — todos cadastrados no Cadastro Único, beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — compartilham histórias, desafios e aprendizados. “Esse é principalmente um grupo de prevenção e promoção do envelhecimento ativo e saudável”, explica Valdemar Donizeti de Sousa, psicólogo e gerontólogo do CRAS Central, com mais de 20 anos de atuação com a terceira idade.

O grupo oferece mais que atividades recreativas: é um espaço que acolhe e orienta, promovendo o fortalecimento emocional e social dos idosos.

Estratégia amplia acolhimento e combate o isolamento

O FormIDOSO surgiu para responder a uma demanda crescente. Só no CRAS Central, mais de 1.600 idosos estão cadastrados. A formação do grupo começou com uma busca ativa, onde a equipe ligou diretamente para convidá-los. “A Assistência Social tem um grande banco de dados e fizemos contato, atualizando cadastros e chamando os idosos. Muitos estavam isolados, sem apoio em casa ou acolhimento familiar”, conta Valdemar.

Hoje, o grupo reúne pessoas entre 60 e 90 anos, criando um ambiente de convivência intergeracional e acolhedor. “Aqui não somos só números. Somos histórias, somos vínculos”, destaca o psicólogo. Os encontros abordam, de maneira espontânea e participativa, temas como autonomia, prevenção de quedas, relações familiares e direitos sociais.

Impactos positivos: mais saúde mental e qualidade de vida

Os benefícios da participação no FormIDOSO são evidentes nos relatos emocionantes dos integrantes. José Roberto Barboza, de 74 anos, conta como o grupo foi essencial para sua retomada de vitalidade após a pandemia:

“Eu tinha virado um caramujo. Estava morrendo aos poucos. Aqui, recuperei minha força de viver, minha vontade de falar, de estar com as pessoas”. Ele também destaca a importância do CRAS como espaço de cidadania: “É um lugar onde se encontra apoio, vínculos e caminhos para uma vida melhor”.

Darcy Spiandorello Brunholi, de 86 anos, também encontrou no FormIDOSO um ambiente de autonomia e pertencimento. “Eu me sinto um passarinho. Gosto de vir aqui, observar as pessoas, aprender. Não adianta ficar dentro de casa. A gente precisa conviver, conversar, ter um compromisso. Quero viver independente até quando eu puder”, afirma.

Reconhecimento pela experiência e boas práticas

A experiência do FormIDOSO foi apresentada em São Paulo, no dia 24 de maio, no seminário “Psicologia, Direitos Humanos e Envelhecimento: Contribuições da Psicologia para a Construção de Políticas Públicas Inclusivas”. O evento, promovido pela Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia, reuniu profissionais e pesquisadores para debater políticas públicas inclusivas para o envelhecimento.

Participação aberta e convite à comunidade

A iniciativa reforça a importância de políticas públicas que rompam com a visão estigmatizada da velhice como sinônimo de isolamento. “Quanto mais grupos, mais saúde mental”, destaca Valdemar, reforçando que a participação social é um dos pilares do envelhecimento saudável.

O Grupo FormIDOSO permanece aberto para novos participantes. Quem tiver interesse pode procurar o CRAS Central, localizado na Rua Senador Fonseca, 605 – Centro, ou entrar em contato pelo telefone: (11) 4589-6868.

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