
Na última quarta-feira, 3 de junho, a Patrulha Guardiã Maria da Penha, projeto da Guarda Municipal de Jundiaí, completou um ano de existência no munícipio.
Em entrevista à ‘TVTEC’, o gestor de Segurança Pública de Jundiaí, Paulo Sergio de Lemos Giacomelli Stel (Jacó), destaca a efetividade da ação no munícipio.
Jacó destaca a efetividade do programa em um país que ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
“Eu penso que quem ganhou mesmo com a Patrulha Guardiã Maria da Penha, mais que a instituição Guarda Municipal, foi a cidade, o município de Jundiaí, porque agora as mulheres vítimas de violência sabem onde encontrar acolhimento e apoio efetivo”, disse à TVTEC.
Segundo ele, com a Patrulha Guardiã Maria da Penha, as mulheres vítimas de violência sabem onde encontrar acolhimento e apoio 24 horas. Jacó explica que o programa acompanha mulheres que estão com medidas protetivas.
O protocolo seguido funciona da seguinte forma: a mulher faz uma denúncia, um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher e, dependendo da situação, será aberta uma representação no Poder Judiciário requerendo a medida protetiva.
A partir disso, a medida vai para Ministério Público e, depois de analisado, segue para a Guarda Municipal, em uma divisão especifica para cuidar apenas destes casos. Com isso, se inicia o acompanhamento por telefone, visitas e aplicativo.
Violência contra mulher durante a pandemia
O gestor conta que, normalmente, o marido e a mulher saem para trabalhar e os problemas ocorrem à noite. No entanto, com a pandemia, isolamento social, as pessoas ficam em casa e houve um aumento significativo no número de ocorrências.
“Foi um aumento pequeno. Mas se verifica pela tensão que isso causa uma mudança no comportamento. Quanto mais na relação do casal, onde o homem se sente mais forte e não tendo a capacidade de dialogar”, detalhou à TVTEC.
Além disso, ele destaca que, neste período, há possível gatilhos, como ansiedade, insegurança e raiva. “Você vê o que está acontecendo por aí. Naturalmente que pela ansiedade, medo e uma série de outras coisas, você confinado nesse isolamento está sujeito a ver esses gatilhos dispararem emoções e comportamentos muitas vezes inadequados e indesejados”, alertou em entrevista ao portal de notícias.
Ele ainda destaca que o programa investe na capacitação de inteligência emocional para orientar as vítimas a buscarem mais resiliência, diálogo, avaliando cada caso e quais necessidades.
Jacó ainda ressalta que no município existe um Centro de Detenção Provisória para agressores. Presos, eles passam por processo de ressocialização com psicólogos, de conscientização e orientação.
Com informações da ‘TVTEC’.