Aplicação de vacina no braço de uma pessoa, em ação de combate à gripe.
Foto: Prefeitura de Jundiaí

A Secretaria de Promoção da Saúde de Jundiaí informou um balanço que mostra aumento nos casos de síndromes respiratórias no município. Até agosto de 2025, a cidade registrou 791 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esse número é maior que o registrado no mesmo período de 2024, quando houve 727 ocorrências.

Em relação à Influenza, o cenário também preocupa: 18 pessoas morreram em 2025 em decorrência da doença. Dados da secretaria mostram que 74% dos internados e 76% dos óbitos ocorreram em pessoas não vacinadas, reforçando a importância da imunização.

Situação hospitalar em Jundiaí

De acordo com informações do Hospital São Vicente de Paulo, a média de internações em agosto foi de 1.412 pacientes, 85 destes por síndromes gripais. No mesmo período de 2024, foram 1.408 internações, com 106 casos de gripe, apontando leve redução nos atendimentos específicos relacionados à Influenza.

Já o Hospital Universitário (HU) informou ter registrado 20 casos de SRAG em agosto, sendo 10 deles nas duas últimas semanas.

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Estratégias de prevenção e vacinação

Para conter a disseminação da Influenza, a Prefeitura de Jundiaí tem reforçado a vacinação com ações descentralizadas, como campanhas em parques e eventos, além da abertura de unidades de saúde aos sábados. A vacina está disponível gratuitamente para toda a população a partir dos seis meses de idade em todas as UBSs e Clínicas da Família.

De acordo com a secretaria, a imunização continua sendo a forma mais eficaz de reduzir complicações, internações e mortes relacionadas à doença.

Cobertura vacinal ainda abaixo da meta

O último boletim da Vigilância Epidemiológica aponta que a cobertura vacinal contra a Influenza em Jundiaí é de 54,13%. Ainda assim, esse número está distante da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Entre os grupos prioritários, os índices são ainda mais preocupantes:

  • Idosos (60 anos ou mais): 57,72%
  • Crianças de seis meses a menores de seis anos: 47,49%
  • Gestantes: 28,38%

A vacina faz parte do calendário de rotina desses grupos e é considerada fundamental para prevenir casos graves e reduzir o número de internações e óbitos.