
Com o objetivo de informar os moradores e comerciantes da região do Anhangabaú, em Jundiaí, sobre as obras de acessibilidade de calçadas que serão iniciadas no início de setembro, técnicos de diversas secretarias da Prefeitura de Jundiaí, juntamente com integrantes do Instituto Braille, entregaram panfletos explicativos. Essas orientações foram direcionadas aos residentes e empresários das ruas Professor Giácomo Itria, Pedro Soares de Camargo, Rodrigo Soares de Oliveira, Doutor Sebastião Mendes Silva, Getúlio Nogueira de Sá e João Batista da Rocha.
Início das obras e expectativas
De acordo com a diretora do Departamento de Projetos Urbanos da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), Paula de Castro Siqueira, a expectativa é que as obras comecem na próxima semana. “É preciso avisar aos moradores porque serão os mais afetados, em especial porque haverá uma movimentação diferente por aqui. Os usuários do Braille, que utilizam muito as calçadas, serão informados até para que tenham ciência de que haverá uma dinâmica diferente nos próximos dias”, explicou Paula de Castro.
Benefícios das obras de acessibilidade para a comunidade
As obras de acessibilidade de calçadas em Jundiaí têm como foco principal a adequação das calçadas em percursos muito utilizados por pessoas com baixa ou nenhuma visão. Esses trajetos incluem locais importantes como o Lar Nossa Senhora das Graças, o Instituto Luiz Braille e o Complexo Educacional, Cultural e Esportivo Dr. Nicolino de Luca (Bolão). A presidente do Instituto Braille, Toyomi Kamura, expressou sua satisfação com o início das obras e com a comunicação efetiva aos moradores e comerciantes. “Temos um movimento diário de quase 2 mil pessoas, a maioria com alguma dificuldade, por isso, todo tipo de acessibilidade é bem-vinda.”

Minimização de impactos e planejamento das obras
Para reduzir o impacto das obras na rotina dos moradores de Jundiaí, os trabalhos serão realizados em etapas, com um prazo estimado de seis meses para conclusão. As intervenções incluem a reforma do piso, manejo arbóreo e plantio de novas árvores. Cada trecho da obra terá uma duração de quatro semanas, o que ajudará a minimizar os transtornos para os moradores e comerciantes do Anhangabaú.
Repercussão entre os moradores de Jundiaí
Os moradores da região têm mostrado apoio às obras de acessibilidade de calçadas. Sônia Maria Mendes Gomes, que vive há 30 anos na Rua Sebastião Mendes Silva, relatou que já presenciou muitos acidentes na área, especialmente envolvendo pessoas com baixa visão que precisam utilizar os serviços do Instituto Braille. “Tem gente que cai, outros tropeçam. É um movimento o dia inteiro, então essas obras vão ajudar muito.”
Maria Helena Mineto Bruneli, moradora há 60 anos na região, também compartilhou sua satisfação com as intervenções. “Vai ser melhor para todos porque temos muito movimento nesta rua.”
Análise técnica e preservação ambiental
O engenheiro Renato Steck, representante do Departamento de Parques, Jardins e Praças, órgão ligado à Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), percorreu alguns trechos para analisar as condições das árvores e jardins afetados pelas obras de acessibilidade em Jundiaí. “O trabalho é em conjunto com a UGPUMA e requer análise detalhada para que as árvores sejam removidas ou preservadas”, afirmou.