
Das 7 horas da manhã desta quarta-feira (30) às 7 horas desta quinta-feira (1º), a temperatura em Jundiaí atingiu os 40ºC, a mais alta temperatura registrada na cidade desde o início das medições, em 1993, pelo Centro Integrado de Informações Agrometeorológicos (CIIAGRO).
Em levantamento realizado pelo Tribuna de Jundiaí no Portal Agrometeorológico do CIIAGRO, a temperatura máxima registrada na cidade até então era de 38,21ºC, no dia 18 de outubro de 2014. Confira as cinco maiores altas em Jundiaí abaixo.
1º – 30/09/2020: 40ºC
2º – 18/10/2014: 38,21ºC
3º – 14/10/2014: 37,42ºC
4º – 13/09/2020: 37,18ºC
5º – 21/01/2015: 37,16ºC
Percebe-se pela série histórica de dezembro de 1993 até hoje que, a primeira vez que Jundiaí alcançou os 37ºC, foi em 14 de outubro de 2014, um ano com uma série de dias quentes.
Nesta quarta-feira 30), o Tribuna de Jundiaí informou que a cidade havia registrado a maior temperatura de 2020, com 38,8ºC. Porém, conforme informa nesta matéria, o calor foi ainda maior do que o divulgado.
De acordo com o boletim meteorológico da Defesa Civil de Jundiaí, o intenso calor nesta quinta-feira também deixou a umidade relativa do ar em estado de alerta, com índices abaixo do recomendado, com a URA de 16%.
Explicação técnica
Segundo o meteorologista do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp, Bruno Bainy, historicamente outubro costuma ser o mês mais quente no ano, na região de Campinas, onde Jundiaí está incluída.
“Em condições normais, isso acontece por causa do aumento da intensidade solar associada a falta de chuvas. Em novembro e dezembro, a média diminui por causa da intensidade maior de chuvas”, explica.
No caso da temperatura alcançar os 40ºC, o meteorologista diz que é uma anomalia para a época, onde as máximas na região costumam ter as maiores altas entre 34ºC e 37ºC.
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“Esses dias mais quentes (entre 34ºC e 37ºC) acontecem, o que preocupa é a sequência de dias com temperaturas bastante elevadas e não apenas um dia isolado porque isto pode prejudicar a saúde das pessoas”, alerta.
De acordo com Bruno, há um bloqueio atmosférico, associado a uma massa de ar quente, que predomina no Centro-Oeste e Sudeste do país e impede a formação de nebulosidade e ocorrência de chuvas.
“Na medida em que esse sistema de bloqueio e essa massa de ar quente perseveram por uma região a tendência é que a alta temperatura se intensifique”, informa.