
O palco da Sala Jundiaí, no Complexo Fepasa, recebe neste domingo (27), às 16h, a versão da Cia. Talagadá – Teatro de Formas Animadas, do clássico de William Shakespeare “Romeu e Julieta, com entrada gratuita.
Em meio ao lixo, tralhas e tudo mais que é descartado pela sociedade, cinco pessoas em situação de rua tentam subverter essa situação por meio do universo lúdico, no qual, suas figuras interpretam a si mesmas, utilizando-se de objetos, instalações, “assemblages”, música e performance para recontar, a seu modo, o clássico shakespeariano, cujo fim trágico é de conhecimento de todos, porém, as metáforas dos fatos que antecedem seu desfecho podem ser uma grande surpresa.
Segundo João Francisco Bozzi, da Cia. Talagadá, o espetáculo é um pretexto para se falar de temas tão pertinentes ao momento em que vivemos, como violência, intolerância, preconceito e discriminação em diferentes níveis e situações, para os quais a arte se faz tão necessária, seja como um artifício de fuga, engajamento político e social, ou, apenas, um modo lúdico de vingar a vida.
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“Romeu e Julieta”, na montagem da Cia. Talagadá, trata-se de uma obra concebida para a rua, com imagens, situações e figuras que compõem esse espaço, que também serviram como peças fundamentais e norteadoras para a concepção estética do espetáculo, que se utiliza de uma linguagem híbrida, coexistindo, em mesmo nível de importância, elementos do teatro, artes visuais, música e performance.
Assim, nesta interface do clássico de Shakespeare com o universo de Bispo do Rosário no espaço da rua, propõem-se ao espectador uma experiência cômica, lúdica e onírica, e uma reflexão política e social, na qual, mais que compadecer do amor impossível dos protagonistas, ele pense nas consequências dos atos que nós mesmos representamos, seja como “Capuletos” ou “Montéquios”.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		