Carrapato-Estrela
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Nesta quarta-feira (18), o Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou uma nova morte por febre maculosa de uma pessoa residente de Jundiaí. A ocorrência é de um homem de 48 anos, que apresentou os primeiros sintomas no dia 29 de setembro.

De acordo com o registro do caso, a vítima não tinha reporte sobre circulação em área de mata e ou picada por carrapato. Além disso, a evolução foi negativa, e o óbito registrado no dia 3 de outubro.

Entre 2017 e 2020, Jundiaí registrou dois casos positivos de febre maculosa por ano. Em 2021 e 2022, a cidade registrou um caso em cada ano. Neste ano, a cidade teve três casos de febre maculosa em residentes, com dois óbitos. Além do caso desta quarta-feira, o outro óbito foi a partir de com contaminação em Campinas.

Transmissão da febre maculosa e orientações

A febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas através da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça e/ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.

Especialistas orientam que a pessoa procure atendimento médico imediatamente após o aparecimento de sintomas sugestivos em até 15 dias após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto), independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo e informe ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos.

Somente a picada de carrapato, sem os sintomas característicos (febre, dor de cabeça, dor abdominal, manchas na pele e vômito), não exige medicação.

“Espaços onde há existência ou circulação de hospedeiros (capivaras, equinos e bovinos), área de mata, pastos e campos, principalmente aqueles próximos a cursos d´água, são os locais com maior risco”, alerta o médico veterinário e coordenador da VISAM, Luis Gustavo Grijota Nascimento. “Portanto, as pessoas devem se atentar evitando a exposição. Para aqueles que não há como evitar a circulação, o uso de roupas claras, calças e blusas com mangas compridas, com as elásticos nas extremidades, são fundamentais. Além da vistoria no corpo a cada duas horas.”

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